Na iniciativa, que contou também com o coordenador da área da Educação dos Estados Gerais, Rui Caetano, e com diversos professores e agentes educativos, o candidato falou em alguns dos problemas que afetam a região no que diz respeito à qualificação dos cidadãos como a taxa de analfabetismo e de absentismo ou abandono escolar.
Para Paulo Cafôfo, a Madeira tem “um excelente corpo docente”, mas muitas vezes este é confrontado com muito trabalho burocrático que atrapalha a função de docente, salientando por isso que “temos de ter um simplex na educação, confiando no trabalho dos professores, simplificando aquilo que é a sua tarefa, porque os professores, mais do que funcionários administrativos, são intelectuais, são pedagogos e, portanto, é como pedagogos que devem exercer esta sua missão”.
O candidato a presidente do Governo Regional salientou ainda a importância da gratuitidade no ensino obrigatório, matéria com a qual se comprometeu. “O ensino obrigatório tem de ser gratuito, seja na questão dos manuais, dos transportes e da alimentação, porque se hoje em dia a escola está aberta a todos e todos têm acesso à escola, nem todos têm acesso ao sucesso em condições de igualdade”, afirmou.
A “aposta na gratuitidade do ensino será uma realidade no governo desta Região, quando o PS assumir esse mesmo governo a partir de setembro”, rematou.
Já o coordenador do programa do PS para a área da Educação, Rui Caetano, explicou que o objetivo desta iniciativa foi recolher as propostas e ideias dos professores e dos agentes da educação, “que neste momento têm experiência, conhecimento e as ideias já formadas sobre aquilo que se deve fazer para ter uma escola diferente, uma escola que promova o sucesso escolar e a melhoria das aprendizagens”.
De acordo com Rui Caetano, uma das linhas estratégicas do programa do PS prende-se precisamente com “a necessidade de nós termos um novo modelo educativo para a Região Autónoma da Madeira, não apenas nas palavras, mas sim no concreto, seja do ponto de vista da organização, do ponto de vista pedagógico e do ponto de vista das aprendizagens”.
“Para conseguirmos em conjunto combater o absentismo e o insucesso escolar, nós cremos – e é isso que o nosso programa irá veicular – que é preciso ter um pensamento abrangente e geral, com todos”, concluiu o coordenador.