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Sérgio Gonçalves diz que Albuquerque não tem ideias para a Madeira e desafia-o para debate

Sérgio Gonçalves desafiou, hoje, Miguel Albuquerque para debates frente a frente sobre as ideias e soluções para o futuro da Região.

Esta manhã, na Ponta do Sol, na apresentação pública dos candidatos do PS-Madeira às eleições legislativas regionais de 24 de setembro, o líder do partido e cabeça de lista elencou as soluções concretas que tem para os problemas e desafios que se colocam à Madeira e aos madeirenses, em contraponto com o Governo de “desnorte” do PSD, que “há muito definhou”.

“Com ideias e propostas concretas, que contrastam com a atual governação, desafio Miguel Albuquerque para debates, onde e quando quiser, para que a nossa população seja devidamente esclarecida das grandes diferenças que existem entre nós”, declarou o presidente do PS-M, para logo depois atirar que “quem não tem ideias, quem não sabe fazer diferente, quem se limita a criticar o adversário e quem foge ao debate apenas demonstra a sua incapacidade para continuar a governar”.

Sérgio Gonçalves evidenciou que a equipa do PS é a única capaz de liderar a mudança que a Região tanto precisa, garantindo a motivação e o empenho dos candidatos. “Desengane-se quem pensa que o ruído nos destabiliza. Estamos demasiado focados naquele que é o nosso objetivo: pôr fim a um governo que há muito definhou”, afirmou.

Apontando baterias a um poder de 47 anos que “usa a Madeira para servir os mesmos de sempre”, que “em nada honra a democracia” e que “ignora os madeirenses e as suas reais necessidades”, o candidato socialista à presidência do Governo Regional adiantou que está nas mãos de todos mudar os destinos da Madeira. Como referiu, a mudança urge para que não haja tantas pessoas a emigrar, muitas delas jovens qualificados, para que deixemos de estar entre as regiões do país com maior taxa de risco de pobreza e exclusão social e para que tenhamos uma Madeira que preze os seus e ofereça as mesmas oportunidades a todos.

Sérgio Gonçalves enumerou as principais prioridades do PS, entre as quais a baixa de impostos, aplicando o diferencial fiscal de 30% nas taxas do IVA e em todos os escalões do IRS, para baixar os preços dos bens e serviços e permitir que as pessoas tenham mais dinheiro no fim do mês. “Não podemos continuar a permitir que o custo de vida nos esmague. Temos meios ao nosso alcance para o conseguir”, explicou, frisando que se trata apenas de uma escolha política “entre conseguir a maior receita fiscal de sempre ou desapertar o cinto aos madeirenses”. Para garantir mais rendimentos às famílias, são também compromissos do PS repor os 2% de subsídio de insularidade para todos os funcionários públicos e aumentar para 100 euros o Complemento Regional para Idosos.

Como prosseguiu o líder socialista, a mudança afigura-se também necessária para assegurar que todos os madeirenses têm acesso à saúde, porque não é admissível que “se continue a alimentar um fosso que apenas cria desigualdades entre quem tem dinheiro e recorre a serviços privados de saúde e quem não tem e entra em listas de espera intermináveis” – mais de 118 mil atos médicos em espera, o dobro dos existentes quando Miguel Albuquerque chegou ao Governo.

O direito à habitação é outra das prioridades, com Sérgio Gonçalves a reafirmar que quando o PS for Governo irá celebrar protocolos com todas as câmaras municipais, sem olhar a cores partidárias, para garantir esse direito. Do mesmo modo, a educação será merecedora de atenção, sendo que, para o efeito, os manuais escolares, o transporte e alimentação serão totalmente gratuitos para todos os alunos até ao 12.º ano. No campo do ensino superior, o PS promete um apoio anual de 3 milhões de euros à Universidade da Madeira.

Basta de Miguel Albuquerque

e dos seus governos de desnorte

O candidato do PS apelou à coragem das pessoas para mudar, para que seja possível fazer diferente. “Não podemos ambicionar mais e melhor com a receita de sempre”, disse, constatando que o Governo do PSD está esgotado, sem soluções, sem energia, sem motivação, que está “refém de esquemas e que favorece os do costume”.

Por isso, sublinhou que em setembro todos são convocados a dizer “basta” de um regime que ofende a democracia e de políticas que são verdadeiros fatos à medida de alguns. “Basta de expulsar os madeirenses da sua terra por falta de oportunidades. Basta de Miguel Albuquerque e dos seus governos de desnorte”, sentenciou.

Como explicou, só o voto no PS pode mudar a Madeira. “Só o Partido Socialista tem condições para liderar um governo que tenha na sua génese a justiça social, a solidariedade e a liberdade, um governo com valores, de braços abertos para os madeirenses e porto-santenses”.

De acordo com Sérgio Gonçalves, 24 de setembro será o dia de fazer uma escolha: entre baixar impostos ou continuar a injetar centenas de milhões de euros em sociedades de desenvolvimento falidas; entre mais habitação ou prolongar a Pontinha; entre atribuir 2% de subsídio de insularidade a toda a administração pública regional ou continuar a esbanjar 33 milhões de euros por ano em tachos nomeados pelo PSD e CDS; entre apostar na educação gratuita ou ver os nossos jovens a emigrar; entre ter um governo que lance um concurso público internacional para que o ‘ferry’ para o Continente seja uma realidade, ou um governo que enganou os madeirenses em 2019 e continua a não dizer uma única palavra sobre este assunto;

entre abrir os centros de saúde em Santana e no Porto Moniz à noite ou manter listas de espera intermináveis; entre quem quer usar a autonomia para defender todos os madeirenses ou aqueles que a utilizam apenas para benefício de alguns.

Aproveitar a oportunidade para fazer

a mudança que a Madeira precisa

Por seu turno, a mandatária da candidatura socialista afirmou que a 24 de setembro está em causa do futuro da Madeira, pelo que todos devemos aproveitar a oportunidade para fazer a mudança que a Região tanto precisa.

Célia Pessegueiro começou por lembrar que a Ponta do Sol fez a mudança em 2017, reafirmou-a em 2021 e “vai continuar a lutar pela mudança na Madeira”. “A mudança precisa de ser feita de cima para baixo, precisa de ser feita ao nível do Governo Regional, cujas decisões têm tanto impacto na vida diária dos cidadãos”, desafiou.

A também presidente da Câmara da Ponta do Sol lançou severas críticas ao Governo Regional, aproveitando para afirmar que a ação da Águas e Resíduos da Madeira tem resultado numa “pior gestão de um recurso que deveria chegar a todos” e acusando este organismo de, em vez de assumir o problema, aproveitar este momento político para passar responsabilidades para o município da Ponta do Sol. Como afirmou, a ARM é apenas uma imagem do “desgoverno do PSD na Região, uma autogestão que não se preocupa com a população, mas com uma gestão de tachos e de nomeados”. Célia Pessegueiro lamentou que um bem essencial como a água esteja a ser usado como arma de arremesso, em prejuízo da população. “É este governo que nós não queremos que continue na Região”, vincou, acusando o Executivo de incompetência, de não governar e de apenas querer manter-se no poder.

Neste sentido, a mandatária da candidatura socialista frisou a necessidade de, a 24 de setembro, concretizar a mudança na Madeira, aproveitando para destacar a seriedade, a credibilidade, a motivação e a determinação de Sérgio Gonçalves em construir uma Madeira melhor para todos.

É necessário inaugurar

um tempo novo

Por seu turno, Patrícia Agrela apontou à importância de, a 24 de setembro, “inaugurar um tempo novo”. A mandatária para a Juventude salientou que “é altura de escolher o caminho do progresso que transforme as nossas vidas e coloque um ponto final no marasmo” que se verifica na Região em consequência de 47 anos de governação do PSD.

Patrícia Agrela vincou que a área da juventude é uma das prioridades do projeto socialista encabeçado por Sérgio Gonçalves, um projeto de confiança para que as novas gerações possam concretizar as suas legítimas aspirações.

Deixou, por isso, um repto: “Troquemos aquilo que não está certo. Troquemos a palavra exclusão por inclusão e a palavra êxodo por oportunidade. Troquemos as palavras individualismo e retrocesso por partilha e progresso. Troquemos o PSD-CDS pelo PS. Vamos trocar Miguel Albuquerque por Sérgio Gonçalves!”

A jovem salientou que o voto no PS será sinónimo de uma governação próxima, responsável, competente e empenhada e apelou ainda aos jovens para que vão às urnas e digam não à abstenção.