O Grupo Parlamentar do Partido Socialista alerta para a necessidade de rever o Plano Regional para o Envelhecimento Ativo. O documento estratégico encontra-se atualmente desatualizado, tendo em conta que tinha um período de vigência para os anos 2016 a 2019, pelo que urge proceder à sua atualização e adaptação à realidade atual.
Tal como refere a deputada Sofia Canha, ano após ano, a realidade demográfica na Madeira tem vindo a sofrer alterações, sendo esta a região do país com a menor taxa de natalidade e registando um recrudescimento acentuado da população idosa, o que coloca novos desafios à sociedade e às entidades governativas. Como atestam os dados da Direção Regional de Estatística, a estrutura da população da Região Autónoma da Madeira mantém uma tendência de envelhecimento, tendo o índice de envelhecimento aumentado de 111,5% em 2016 para 136,4% em 2020.
Com o aumento da esperança média de vida, cresce também a probabilidade de depender de outrem, condição essa que importa adiar o mais possível, através da adoção de medidas que promovam a autonomia dos idosos e potenciem a sua participação ativa na sociedade, com atividades e programas educativos, de ocupação de tempos livres e promotores da saúde.
Sofia Canha alerta também para o facto de a pandemia ter agravado a situação de isolamento e a solidão em que muitos idosos vivem, pelo que é urgente atuar junto destas pessoas, para dar-lhes a dignidade e o acompanhamento que merecem nesta fase da vida.
“O Governo Regional não pode continuar alheado da realidade e a repetir constantemente a mesma propaganda de que está tudo bem, quando aquilo que vemos é um plano que está desatualizado e assistimos a uma conjuntura social completamente diferente”, afirma a parlamentar, frisando que é necessário repensar a estratégia de atuação para dar resposta aos problemas com que a população idosa se depara atualmente.