Passados que estão cerca de quatro meses desde que foram encontradas várias toneladas de amianto enterradas no sítio das Ginjas, em São Vicente, o Grupo Parlamentar do PS volta a insistir que a secretária regional do Ambiente, Recursos Naturais e Alterações Climáticas esclareça que procedimentos foram seguidos pelas autoridades competentes sobre esta matéria.
A deteção deste crime ambiental remonta ao início de julho, tendo o PS, na altura, solicitado uma audição parlamentar a Susana Prada, que foi rejeitada pela maioria no Parlamento.
Tendo em conta que, até ao momento, não foram tornados públicos quaisquer desenvolvimentos relativamente à resolução deste problema, o PS, através da deputada Sara Silva, deu entrada na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira a um pedido de esclarecimento à titular da pasta do Ambiente, solicitando que a governante indique quais as diligências que a Secretaria que dirige efetuou desde que foi denunciada esta situação com potenciais impactos na saúde dos habitantes do concelho de São Vicente.
A parlamentar solicita a Susana Prada que disponibilize todos os dados disponíveis acerca da origem dos resíduos e do seu transporte até ao local em questão, bem como qual é a previsão para a remoção deste material, de acordo com as regras e condições de segurança necessárias.
Sara Silva quer ainda que a secretária regional do Ambiente dê conta do apuramento de responsabilidades sobre esta matéria e confronta a governante com a necessidade de haver uma estratégia regional para prevenir situações futuras, não só no que se refere ao depósito ilegal de amianto, como também de outros materiais tóxicos nocivos para o ambiente e para a saúde.
“Esta é uma situação extremamente grave, que pode pôr em causa a saúde dos cidadãos de São Vicente, pelo que o Governo Regional não pode continuar a remeter-se ao silêncio”, repara a deputada, questionando se esta ausência de respostas não é, por si só, sinónimo de conivência ou de protecionismo da parte do Executivo em relação ao(s) infrator(es).