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“Com Miguel Silva Gouveia e a Confiança o Funchal continuará a ir para a frente”, afirma António Costa

O secretário-geral do Partido Socialista mostrou-se, hoje, convicto na vitória da Coligação Confiança no Funchal nas eleições autárquicas do próximo domingo.

Num comício no bairro da Quinta Falcão, no Funchal, António Costa apelou a que, ao longo desta semana, “todos continuem mobilizados com esta força e esta energia, em nome da Confiança”. “Se há algo fundamental quando se está a sair da crise, é confiança no presente para termos confiança no futuro que vamos construir”, referiu o secretário-geral socialista, acrescentando que, “com o Miguel Silva Gouveia e a Confiança, o Funchal continuará a ir para a frente, ajudando a Madeira a crescer e Portugal a ser melhor”.

António Costa aproveitou para reconhecer a solidariedade e a compreensão que as regiões autónomas merecem, devido à sua condição. Nesse sentido, apontou o facto de o Governo da República atribuir 5% das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência à Região, apesar de a Madeira ter 2,5% da população nacional. O secretário-geral do PS, e também primeiro-ministro, adiantou que os governos regionais é que decidem como aplicar as verbas do PRR. Por isso, sustentou que “não vale a pena ameaçarem-me com a CNE, porque eu não tenciono vir aqui fazer a propaganda do Governo Regional a dizer onde é que decidiu investir os 697 milhões de euros que são atribuídos à RAM”.

Vincando o espírito de solidariedade, António Costa lembrou que, no âmbito do programa ‘Portugal 2020’, a Madeira recebeu 666 milhões de euros, mas adiantou que no ‘Portugal 2030’ vai receber 896 milhões de euros, vincando que estas são as verbas a que os madeirenses e porto-santenses têm direito pela condição ultraperiférica. Revelou ainda que a República já pagou mais de 3 milhões de euros para a obra do novo Hospital e que “pagará os 50% de tudo o que tiver que pagar”.

Governo Regional abandonou a CMF e os funchalenses

Já o candidato da Coligação Confiança à Câmara do Funchal acusou o Governo Regional de usar a Autonomia como arma de arremesso e perseguição contra as autarquias que não são da sua cor política. Miguel Silva Gouveia lembrou que o Governo Regional deve à Câmara do Funchal 1,2 milhões de euros relativos à participação no IVA, verbas que também não transferiu para as outras autarquias, e disse que na Madeira a descentralização de competências é uma miragem.

O candidato criticou o Executivo por não ter reservado “um único cêntimo” do Plano de Recuperação e Resiliência para os municípios, afirmando que “a bazuca se transformou num banquete, em que o Governo Regional seleciona a dedo aqueles que se sentam à mesa”. Apontou também que o Governo Regional abandonou a Câmara do Funchal e os funchalenses ao não celebrar contratos-programa com a autarquia e assegurou que “depois da vitória da Confiança no dia 26”, o Funchal vai procurar os seus direitos e vai exigir ao Governo Regional tudo o que está a prometer ao candidato do PSD.

Miguel Silva Gouveia disse não prometer facilidades, porque elas não existem para homens e mulheres comuns, assegurando falar a verdade aos funchalenses e que é por isso que “vamos merecer a confiança dos funchalenses no próximo dia 26”. “É importante manter este legado de pensamento livre e de independência que o Funchal tem e não nos deixarmos subjugar. A cidade do Funchal merece ser livre, independente e democrata”, frisou.

Miguel Silva Gouveia é a única solução para o Funchal e Pedro Calado chumbou no exame

Por seu turno, o presidente do PS-M afirmou que Miguel Silva Gouveia é quem melhor defende a cidade e é a única solução para o Funchal. Paulo Cafôfo sublinhou que o atual autarca e candidato da Coligação Confiança tem um programa integrado, coeso e exequível, tem uma equipa competente e tem feito uma campanha eleitoral de proximidade, sem falsas promessas, com educação e elevação.

O líder socialista destacou o facto de o comício se ter realizado no meio do povo, afirmando que “não fugimos das pessoas”, ao contrário da candidatura ‘Funchal Sempre à Frente’, que se apresentou na Pontinha, longe da cidade e dos funchalenses. Miguel Silva Gouveia “tem estado sempre perto, com a sua visão, capacidade, honestidade e responsabilidade e é o presidente de todos os funchalenses”, frisou.

O dirigente socialista referiu que ambos os candidatos tiveram oportunidade de exercer funções governativas, mas constatou que “Pedro Calado chumbou no exame da governação do Funchal”. Paulo Cafôfo acusou Pedro Calado de ter governado com uma situação económica favorável e de, mesmo assim, a sua ação na autarquia ter levado a uma dívida de mais de 100 milhões de euros, para além de não ter baixado os impostos, não ter devolvido o IRS aos munícipes e ter feito um corte de 375 mil euros no apoio social.

Pelo contrário, evidenciou que Miguel Silva Gouveia governa com compromisso e com responsabilidade, sendo que só assim foi possível baixar a dívida da Câmara para o valor mais baixo de sempre, mas com investimento naquilo que mais importa: as pessoas. Tal como deu conta, foi na gestão da coligação que o Funchal passou a ser uma cidade educadora de excelência, que passou a haver manuais escolares gratuitos e bolsas universitárias, que o Teatro Municipal Baltazar Dias deixou de ser uma cotada, para ser a catedral da Cultura, com referência nacional e internacional, e que se deixou de abater quase dois mil animais por ano.

Foi também nesta vereação que se investiu de forma continuada nas zonas altas, na rede de águas e saneamento, nos novos acessos, que se criou a loja do Munícipe, que se contratou bombeiros, que houve uma aposta na reabilitação urbana, que se reviu o PDM, que se reabilitaram mais de 100 edifícios na baixa, que se reabriu o Lido e se recuperou o Cais do Carvão, o Museu de História Natural e a Estação do Caminho de Ferro do Monte. “Isto não foi no tempo do PSD”, vincou.

Paulo Cafôfo lembrou também que quando Pedro Calado esteve no Governo tentou asfixiar financeiramente a CMF, usando empresas como a Águas e Resíduos da Madeira ou a Empresa de Eletricidade, que se recusou a assinar contratos-programa com a autarquia e a transferir as verbas do IVA e do IRS para os municípios. Além disso, não reservou qualquer verba do Plano de Recuperação e Resiliência para as autarquias. “Será que é esta pessoa que defende melhor o Funchal?”, questionou.

O responsável disse ainda que quando Pedro Calado esteve no Governo podia ter servido os funchalenses e não o fez, acusando o candidato do PSD-CDS de, agora, fazer promessas para o Funchal que são competência do Executivo madeirense, como os 8 milhões de euros para projetos de requalificação dos nós da via rápida, a recuperação do Bairro da Nazaré, os transportes públicos nas zonas altas e as teleconsultas. Segundo afirmou Paulo Cafôfo, “Pedro Calado não fez no Governo e diz que vai fazer na câmara”, o que é o “reconhecimento da incompetência do Governo Regional, que não tem sabido governar bem a Região”.

O presidente do PS-M alertou, por isso, os funchalenses para que não embarquem em “promessas fáceis”, sublinhando que a única solução para o Funchal é Miguel Silva Gouveia. “O Miguel Silva Gouveia é um presidente que faz a cidade. No dia 26 só há este caminho: Aqueles que não querem que regressemos a um passado anterior a 2013, que não querem um retrocesso na evolução política da Madeira, que não querem que fique tudo nas mãos deles, só podem votar na Coligação Confiança. Nós precisamos desta vitória pelo Funchal e para fazer avançar a Madeira”, apelou. Cafôfo elogiou ainda a vinda de António Costa à Região, sinal do compromisso que o PS tem com a Coligação Confiança, com o Funchal e com aquilo que tem sido feito desde 2013, com rigor, responsabilidade e proximidade. Expressou também que o PS não ter vergonha de trazer o seu secretário-geral à Madeira, ao contrário do que acontece com o PSD, que tem vergonha de Rui Rio, o qual tem sistematicamente ignorado a Região.