O Partido Socialista-Madeira defende que o Governo Regional deve atribuir bolsas de estudo aos jovens alunos de artes performativas com maiores dificuldades económicas. Um apoio que é fundamental para muitas famílias que não tem condições para pagar a formação aos seus educandos.
No âmbito do roteiro ‘Fazer Diferente’, esta semana dedicado à temática ‘Cultura: Herança e Futuro’, os socialistas visitaram ontem a Escola de Dança, instituição que, tal como adiantou a deputada Elisa Seixas, “surgiu da vontade de alguém que ama a dança e que faz dela a sua vida, a professora Vanessa Fernandes”. Atualmente, o estabelecimento conta com oito professores e professoras e três colaboradores, para um total de 100 alunos e alunas. Tem também o ensino articulado na área da dança, de momento com 45 alunas.
A parlamentar socialista refere que esta é uma escola que “vive da paixão e da vontade de oferecer esta opção aos jovens e às crianças madeirenses”, destacando o facto de, apesar das dificuldades, atribuir bolsas de estudo às crianças com menos possibilidades, algo que, adverte, “deveria ser uma preocupação do Governo Regional”.
“É fundamental começarmos a olhar para a dança e para as artes performativas de uma forma que não tem sido feita até aqui na Região. Na nossa perspetiva, uma das formas de podermos fomentar a dança e de podermos ter mais crianças e mais jovens a investir nesta área poderia passar por um maior apoio do Governo Regional para crianças e jovens que quisessem e que tivessem talento para esta arte”, sustentou Elisa Seixas.
No seu entender, não é exequível que a escola, que já funciona com o dinheiro todo contado, ainda tenha de atribuir uma bolsa de estudo, porque tal não é feito pelo Governo Regional. “Nós consideramos que seria importante também torná-la mais competitiva ao nível das condições lá fora, mas para isso é preciso dinheiro e, neste momento, os pais e as mães são as únicas pessoas que, em conjunto com a escola, tentam ultrapassar essas dificuldades”, referiu.
De acordo com Elisa Seixas, as verbas que o Governo Regional tem atribuído à escola não são suficientes, porque excluem os custos de funcionamento. “São verbas que são atribuídas tendo em conta os custos que têm em termos de docentes, mas, obviamente, uma escola não funciona só contratando professores e professoras. Uma escola tem outros custos associados e que também deveriam ser contemplados, para além das bolsas de estudo para crianças e jovens com dificuldades e que não podem pagar a mensalidade”, rematou a deputada.