Numa conferência de imprensa promovida esta tarde, via Skype, o deputado socialista considerou mesmo que “as opções do Plano de Recuperação e Resiliência apresentado pelo Governo Regional devem responder ao verdadeiro impacto económico que a pandemia está a ter no Porto Santo”.
Considera que uma resposta adequada passa pela garantia de apoios a fundo perdido, com caráter urgente, às empresas locais, bem como investimento no sentido de sustentar a requalificação e a modernização do tecido empresarial do Porto Santo.
Miguel Brito defende ainda que é necessário diversificar o tecido económico, através do apoio à criação de projetos diferenciadores, como forma de gerar emprego, bem como na oferta nas políticas educativas, culturais e sociais adequadas à realidade do Porto Santo.
“É preciso diminuir o risco do profundo rumo ao isolamento a que o Porto Santo já tá habituado, evitar o envelhecimento excessivo da nossa população e começar a tirar proveito das nossas potencialidades”, sublinha.
Miguel Brito considera ainda que “A autarquia tem o papel mais importante no combate à crise, e não se compreende como é que um Plano de Recuperação e Resiliência, que é um instrumento fundamental para uma recuperação mais sustentada, não tem em conta a nossa realidade, porque mais uma vez devo lembrar que o Porto Santo é um concelho que é uma ilha e que necessita neste plano, uma especial atenção para a implementação de projetos diferenciadores que ajudassem também os nossos jovens a se fixarem no Porto Santo.
No entanto, lamenta que “este plano coloque as autarquias completamente de parte, algo que consideramos inaceitável”.
Lembra assim que o PRR prevê algumas ações esporádicas que servem para melhorar a eficiência energética e a captação de água, no entanto diz que “resta saber se não será cobrado nas faturas que os porto-santenses pagam mensalmente já com grande esforço, pois somos dos municípios que mais despesas tem nesse sentido”, aponta, considerando mesmo que é “uma consequência negativa para quem reside e para quem pretende investir no Porto Santo”.
“É fundamental que este plano combata as desigualdades sociais e a erradicação de qualquer forma de pobreza no Porto Santo, uma ilha que se quer como destino de bem-estar e qualidade de vida”, frisou.
Miguel Brito considera ainda que a competitividade entre as regiões turísticas na europa será muito forte após a pandemia, assim espera que o Porto Santo consiga obter a robustez financeira necessária e adequada para potenciar uma aposta forte na promoção diferenciada da ilha como destino seguro. “Um investimento na captação de novas rotas aéreas, vendendo o Porto Santo como destino seguro e aproveitando as oportunidades já identificadas pela AP Madeira e pela ANA aeroportos”, acrescenta.
Esta é a estratégia de futuro que o Plano de recuperação e resiliência deve consagrar para a ilha do Porto Santo, valorizando a identidade local e respeitando naturalmente as suas tradições, mas essencialmente apostando na requalificação das empresas e na implementação de uma promoção turística que de uma vez por todas projete a ilha além-fronteiras”, concluiu.