Lembrando que ontem foi apresentado, pelo Governo da República, o Documento de Estratégia Orçamental que, «segundo as primeiras notícias, destrói mais de 200 mil empregos e ataca, de uma forma nunca vista desde o 25 de Abril, o Estado Social, tornando a vida dos portugueses numa agonia» e que «Paulo Portas é o coordenador dos cortes que, entretanto, passaram de 4.000 para 4.700 ME, relevando, também aqui, que a cada dia que passa os portugueses estão menos protegidos e mais pobres», Carlos Pereira perguntou «qual a utilidade do CDS/PP-Madeira» para a Região, isto porque o CDS/PP-M pediu aos madeirenses e porto-santenses o voto prometendo que resolveria os diferendos com Lisboa, o que não aconteceu.
Reiterando que o CDS/PP-Madeira nada fez do muito que prometeu e que as promessas feitas revelaram-se presentes envenenados, Carlos Pereira apontou vários problemas ainda por resolver. Em primeiro lugar, a Lei de Meios, em segundo a Lei de Finanças Regionais, a pior de sempre para a Região, com a agravante de que, nas audições, o deputado do CDS/PP-M, em São Bento, não comparecer, em terceiro, o PAEF, que está a destruir a Região, e que tem a cumplicidade do CDS/PP-M, dado ter sido o Governo da República que ocultou as avaliações, a que se acrescenta ainda não ter apresentado uma proposta concreta para alterar o plano, «como o PS-Madeira já fez, em quarto as viagens aéreas para os residentes, sem que haja «a solidariedade» que o CDS prometeu, por fim, a situação do CINM, cuja situação se degrada dia-a-dia, fingindo o CDS/PP-M que «nada se passa», ignorando «que foi o seu Secretário de Estado que deu a machadada final».
Perante tudo isto, depois de tanta fantasia por parte do CDS/PP-M em relação ao Governo da República, depois de revelar «dupla personalidade», Carlos Pereira concluiu a conferência de imprensa ironizando que o CDS/PP-M deveria apelar «à demissão do Governo da República», colocando-se assim «ao lado dos trabalhadores, pensionistas, dos mais pobres, dos madeirenses e porto-santenses», só que isso não aconteceu e teve oportunidade para isso aquando da Moção de Censura que o PS apresentou ao Governo da República, demonstrando assim, com o voto contra a iniciativa socialista, que o quer não é a demissão do Governo da República mas sim fingir que está contra.
Áudio Carlos Pereira (Líder G.P. do PS-Madeira na A.L.M.)