InícioAtualidadeJardim tem de explicar se vai aplicar as novas medidas de austeridade

Jardim tem de explicar se vai aplicar as novas medidas de austeridade

e que também vão prejudicar madeirenses e porto-santenses. Victor Freitas desafiou ainda Alberto João Jardim a vir a público explicar se vai aplicar estas medidas na Madeira e Porto Santo.
Já «há alguns meses», quando Pedro Passos Coelho anunciou, «publicamente» que Paulo Portas seria o coordenador das novas medidas de austeridade, explicou Victor Freitas, «enviei-lhe uma carta com o objectivo de retratar a situação da Madeira e Porto Santo, as questões sociais, económicas e financeiras», salientando que a Região não podia «aguentar mais austeridade», pedindo que as medidas – entretanto avançadas – não se aplicassem na Região, só que essa carta não teve resposta. 
Lembrando que, no sábado, o Primeiro-ministro elogiou «o empenho» e o «talento» de Paulo Portas, Victor Freitas criticou a bipolaridade do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e líder do CDS/PP, adiantando que «Paulo Portas pode fazer as conferências de imprensa que quiser, pode continuar com os seus malabarismos, pode dizer que discorda, concordando e aprovando as medidas, em Conselho de Ministros, que os portugueses já perceberam de que lado está».
Esta bipolaridade também acontece, na Região, dado que o CDS/PP-Madeira apoia o Governo da República ainda que faça de conta «que está contra», quando, se estivesse realmente contra, deveria retirar da Assembleia da República o seu deputado. Ainda sobre esta bipolaridade, Victor Freitas lembrou que o deputado do CDS/PP-M, em São Bento, votou contra a Moção de Censura apresentada pelo PS. 
Nesta conferência de imprensa, Victor Freitas apontou igualmente baterias a Alberto João Jardim e ao Governo Regional, exigindo que o Presidente do Governo Regional e líder do PSD-M venha a público explicar se vai aplicar as novas medidas de austeridade na Madeira e Porto Santo, mormente explicar se vai despedir cerca de mil funcionários públicos, se vai aplicar as mesmas regras de mobilidade especial e depois despedir os funcionários públicos, se vai cortar nos departamentos do governo os mesmo 10% dos ministérios e com isso colocar em causa a saúde e a educação dos madeirenses, sectores essenciais que já têm, presentemente, imensas falhas e problemas. 
A questão, reforçou Victor Freitas, é saber se a autonomia foi vendida por Alberto João Jardim a Lisboa quando, a 27 de Janeiro de 2012, assinou com o Governo da República, PSD/CDS, o PAEF. 
«Se nós temos autonomia», adiantou, «determinadas medidas não serão aplicadas cá», acrescentando que o PS está contra estas medidas por representarem o desmantelamento do Estado Social. 

Fotos

Áudio Victor Freitas (Presidente do PS-Madeira)