Este repto foi lançado devido à actual situação económica e social da Região e à manifesta incapacidade de, sozinho, o Presidente do Governo Regional, por não ter credibilidade nem capacidade negocial junto ao Governo da República PSD/CDS, conseguir as alterações que os madeirenses e porto-santenses precisam.
A conferência de imprensa começou exactamente com Victor Freitas a abordar a Lei de Finanças Regionais, lembrando que a situação se arrasta já desde o ano passado, havendo ainda a promessa do Governo da República, «nesta fase, em alterar e corrigir alguns aspectos da lei, só que, acrescentou, no final da semana passada, ficou-se a saber que a correcção prevista para a Lei das Finanças Regionais vai levar a que o Governo da República transfira, por ano, mais 65 milhões de euros para os Açores enquanto para a Região Autónoma da Madeira «não vai transferir nada».
Victor Freitas lembrou ainda o recente encontro de Alberto João Jardim com o Primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que não trouxe mais-valias para os madeirenses e porto-santenses, significando isto que o Governo Regional «não tem qualquer credibilidade junto ao Governo da República», visto que não conseguiu negociar nenhum dossier importante para a Madeira e Porto Santo.
Ou seja, reforçou: «há aqui, neste momento, um impasse, um bloqueio, por parte do Governo da República em relação à Madeira, mas há responsáveis aqui na Região», referindo que nem o presidente do Governo Regional, que apoiou Pedro Passos Coelho, nem o líder do CDS-PP, que apoiou Paulo Portas, têm influência na República.
Quanto às notícias recentemente divulgadas que apontam a Região Autónoma da Madeira como estando nos primeiros lugares no que se refere à destruição emprego, Victor Freitas defendeu ser necessário, da parte do presidente do Governo Regional, «outro tipo de atitude, nomeadamente em relação aos outros partidos da oposição», juntando forças com a oposição para alterar a situação do CINM, do PAEF e da Lei das Finanças Regionais.
«A fraqueza do senhor presidente do Governo Regional está a enfraquecer o povo da Madeira e, quando um líder não tem forças, deve reunir forças na sua terra», frisou, alertando para o perigo de a Madeira e Porto Santo entrarem «em rupturas sociais muito graves», isto porque, a cada dia que passa, a situação piora, com mais falências e desempregados, estando à vista de todos que Alberto João Jardim está sem capacidade de governar.