No final de uma audiência com o Presidente da Câmara Municipal do Porto Moniz, Emanuel Câmara, em que um dos temas debatidos foi o desemprego, Victor Freitas denunciou a estratégia do PSD para resolver o problema.
“Quem desconhece o plano regional de emprego do PSD basta ir ao aeroporto da Madeira e perceberá, nos voos que partem para Londres, Jersey, Guernsey ou para França, qual é esse plano”.
Um plano que, acrescentou o cabeça de lista da Coligação Mudança, revelou ter uma
“eficácia avassaladora” nos últimos quatro anos, com milhares de jovens e menos jovens a terem de sair da Região Autónoma da Madeira à procura de emprego.
“Nós não queremos esse plano regional de emprego e estamos convencidos que a maioria dos madeirenses e porto-santenses também não quer”, frisou Victor Freitas. “É necessário outro plano e nós temos esse plano”, garantiu.
A estratégia da Coligação Mudança para resolver este grave problema passa, em primeiro lugar, pela renegociação da dívida da Madeira. Resolvida essa questão – dilatando os prazos de pagamento – é gerada a folga financeira imprescindível para canalizar recursos para uma verdadeira política de emprego na Região.
Um dos vetores dessa política de emprego é o aproveitamento dos fundos comunitários que, estando disponíveis, só podem ser captados se a Madeira tiver dinheiro para a comparticipação regional dos investimentos geradores de emprego.
Por outro lado, explicou Victor Freitas, a folga financeira criada pela renegociação da dívida permitirá reduzir progressivamente os impostos, a partir de 2016.
“Baixando impostos conseguimos atrair investidores que criem postos de trabalho. Com a alta carga fiscal que temos não é atrativo para os empresários apostar na Região Autónoma da Madeira”, explicou o líder da Coligação Mudança.
“Desenganem-se aqueles que julgam que, com esta lógica do apertar do cinto às famílias e às empresas, através da carga fiscal, se resolvem os problemas da Madeira. Não resolve, e os resultados estão à vista, nos números do desemprego e da emigração”, acrescentou.
Um dos setores para onde as políticas regionais de emprego devem apontar, concretizou Victor Freitas, é o turismo.
“Temos uma taxa de ocupação de 60% mas temos um preço por cama muito baixo: de 34,8 euros. Temos que apostar muito no turismo, através da promoção, sobretudo no turismo de qualidade. Cerca de 42% do nosso parque hoteleiro é de 4 e 5 estrelas. Temos que atrair turismo de qualidade para a região, em que a um quarto está associada uma série de serviços e número de trabalhadores”, concluiu.