InícioAtualidadeCARLOS PEREIRA APONTA PROFUNDA DESORGANIZAÇÃO DO GOVERNO REGIONAL

CARLOS PEREIRA APONTA PROFUNDA DESORGANIZAÇÃO DO GOVERNO REGIONAL

A existência de um Governo de minoria na Assembleia da República traduz, instabilidade, portanto, só existe um caminho, que é apostar num acordo, no sentido de ser criada estabilidade no país. De acordo com Carlos Pereira o acordo não põe em causa os compromissos, que o país tem com a União Europeia, na medida em que, este foi um dos princípios do PS, no sentido de ser criado um governo viável. Neste acordo existe a regra de “ouro”, nomeadamente, a trajetória orçamental, que está no seu quadro macroeconómico. A união dos três partidos de esquerda resulta na política da coligação PSD/CDS, uma vez que o PS considera que, só assim, é possível acabar com medidas de austeridade excessivas, que prejudicaram as pessoas e as empresas e, sobretudo, a classe média.

A estratégia política facultada pelo PS é de facto muito distinta, da coligação PSD/CDS, em que o PS acredita que é muito melhor para o país, portanto, nada está a ser feito de ânimo leve, trata-se de um processo irreversível. Neste seguimento, estamos perante um “salto de maturidade” da nossa democracia, sendo que, na Assembleia da República conta quem tem mais votos e, neste pressuposto, quem manda é o PS, BE e PCP, vincou Carlos Pereira. Por outro lado, existe um dado, também ele, muito relevante para a democracia. Durante muitos anos, o líder do PS considerou que o BE e PCP estavam em condições para dar muito mais, desde que saíssem da “trincheira”, situação que se verifica, após as últimas eleições. Trata-se de um facto notável para a democracia, no qual não podemos colocar de lado cerca de 30% dos votos, neste pressuposto verifica-se que os partidos anteriormente referidos querem assumir a sua responsabilidade, dado histórico, visto que apresenta-se, assim, uma nova forma de encarar a política em Portugal.

No que concerne ao primeiro debate, no qual o Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, participou na Assembleia Legislativa da Madeira, com o tema o Turismo, Carlos Pereira lembrou à deputada do PSD, Sara Madruga, que há vários anos que o PS já propunha que o Governo Regional estivesse presente nos debates na ALRAM. Refira-se que há um combate histórico. Neste seguimento, Carlos Pereira lembra, a campanha realizada por Miguel Albuquerque contra o PSD, que na altura era governado pelo Dr. Alberto João Jardim e, por sua vez, todas as matérias serviam para atingir o Dr. Jardim, incluindo a presença do Presidente do Governo na ALRAM. O líder do PS-M recordou, igualmente, que na altura que o Dr. Miguel Albuquerque estava na Câmara Municipal do Funchal, nunca se dispôs a participar num debate e agora glorifica-se pela mudança de atitude.

No entanto, o líder socialista critica a forma como o Governo surgiu na ALRAM, de acordo com Carlos Pereira o Dr. Albuquerque apareceu completamente sozinho, num momento histórico desta natureza, onde deviam estar todos os secretários.      Porém o líder do PS-M vinca outra gravidade, uma vez que a ao lado do Presidente do Governo devia estar, sobretudo, o Secretário Regional dos Assuntos Parlamentares e Europeus, Sérgio Marques, que foi, inclusivamente, obrigado a dizer que estava de “pedra e cale” no governo e, depois, não aparece no debate. Esta situação revela que existe falta de coordenação no seio do PSD, onde ninguém se entende, demonstrando uma profunda desorganização no Governo. Por fim, Carlos Pereira afirma, que não há coordenação, nem coesão, num momento tão importante para a vida política regional.