Para Helena Freitas, o executivo da Câmara Municipal de São Vicente acaba de dar mais uma mostra que tem as prioridades invertidas e não se preocupa em resolver as reais necessidades da população. A candidata do PS à presidência da Câmara Municipal do concelho critica o que considera ser “a teimosia de José António Garcês e o seu desespero para apresentar obra feita”, numa reação à notícia publicada esta quarta-feira no Diário que alerta para os perigos resultantes do projeto da autarquia para a requalificação da frente mar.
“A autarquia não pode ignorar os perigos inerentes à requalificação da frente mar identificados no Estudo de Impacte Ambiental. Em momento algum se pode colocar em causa as pessoas, os negócios, a escarpa, os terrenos e as habitações com uma intervenção com esta dimensão e avultado investimento associado”, aponta a candidata socialista.
Para Helena Freitas, não é admissível a autarquia fazer uma intervenção que piore a situação já existente e possa gerar eventos extremos como galgamentos ou inundações. Nesse sentido, Helena Freitas exige que seja assegurado o custo-benefício associado à robustez e à manutenção desta obra.
A candidata socialista critica a falta de critério revelada pelo executivo de José António Garcês na definição das prioridades. “Mais urgente seria fazer uma intervenção de proteção da costa na freguesia de Ponta Delgada, de modo a garantir a segurança de algumas habitações situadas próximo da orla marítima. Estão em causa uma dúzia de casas e vários terrenos agrícolas, na zona compreendida entre o sítio dos Lagares e a Igreja. A segurança destas pessoas tem de ser acautelada e, apesar de numerosos apelos, a Câmara Municipal nada tem feito”, alerta Helena Freitas. “O avanço do mar já levou o passeio marítimo e alguns terrenos. Está na hora de José António Garcês fazer o que não foi capaz de fazer em oito anos à frente da Câmara: atue rapidamente, acione as entidades competentes e resolva este grave problema”, remata Helena Freitas.
Helena Freitas questiona: “Atentado ambiental não é um problema para o Governo Regional?”
A candidata socialista à Câmara Municipal de São Vicente não esconde a estupefação em relação às declarações do presidente do Governo Regional sobre o crime ambiental praticado no sítio das Ginjas. “O que foi detetado em São Vicente não é um problema jurídico. É um atentado à saúde pública e um crime ambiental que exige que sejam identificados responsáveis, mas que tem de ter consequências também no Governo Regional e na Secretaria Regional do Ambiente. Não é possível ter esta postura de sacudir responsabilidades e, pior ainda, esta dificuldade recorrente em lidar com o escrutínio próprio da vivência democrática. O PS vai continuar a fazer o seu papel de denunciar situações como esta e não vai abdicar de usar todos os seus recursos para defender as pessoas e para o apuramento das responsabilidades, jurídicas e políticas. Doa a quem doer”, afirma Helena Freitas.