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TAP tem de responder às necessidades da Região e com preços justos, afirma Olavo Câmara

Numa intervenção na Comissão de Economia, por videoconferência, Olavo Câmara referiu que «precisamos da TAP com esta visão, que colabore com a Região, que responda às suas necessidades e contribua para o seu desenvolvimento e afirmação». Na ótica do parlamentar, a Madeira e a TAP só têm a ganhar uma com a outra, porque a Região precisa de garantir a mobilidade dos seus residentes, de fazer entrar turistas para ajudar a sua economia e tem uma das maiores comunidades emigrantes, «um destino de saudade».

«A Região tem de ter uma TAP que não falha com a Madeira, nem esquece o Porto Santo, que é justa, com preços justos, com mais ligações», sustentou, acrescentando não ser aceitável que os preços continuem elevados nesta ligação, nem que se deixe de voar para o Porto Santo. «Podem até me dizer que não é viável ou não é possível. Mas todos temos de ter uma certeza, é que se há ligações que têm de ser possíveis, sejam viáveis ou não, são precisamente as que ligam as ilhas, as Regiões Autónomas. Que ninguém tenha essa dúvida e que ninguém pense agir de outra maneira», vincou.

Dirigindo-se ao presidente do conselho de administração da TAP, Olavo Câmara quis saber se a companhia tem isto em consideração no seu plano e se considera a Madeira estratégica para o seu futuro. Questionou igualmente se se prevê uma manutenção das ligações com a Região ou se haverá algum acréscimo ou redução das mesmas.

Em resposta ao jovem deputado socialista, Miguel Frasquilho disse que as Regiões Autónomas estão sempre presentes no pensamento da companhia e a prova é que, nos últimos cinco anos, até 2019, a rota para a Madeira passou de 896 mil lugares disponíveis para 1,2 milhões, mais 31%. Garantiu que, da parte da TAP, haverá sempre uma postura de abertura para resolver os problemas.

Em relação ao Porto Santo, disse que a operação está reduzida a 7%, não havendo voos marcados, mas adiantou esperar que a situação seja corrigida muito em breve.

Sobre a Venezuela, lamentou que não seja possível efetuar ligações. Já no que concerne à Africa do Sul, Miguel Frasquilho disse que faz todo o sentido estabelecer a ligação e espera que os voos possam ocorrer a partir de novembro.