InícioAtualidade“Somos autonomistas por convicção”, afirma Paulo Cafôfo

“Somos autonomistas por convicção”, afirma Paulo Cafôfo

Paulo Cafôfo afirmou, hoje, que a marca da Autonomia não pode ser a corrupção e a pobreza e assegurou que o PS-Madeira não vai permitir que o PPD leve a Madeira ao fundo.

Num comício em Machico com mais de 400 pessoas, com a presença do candidato a primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos, o cabeça de lista pelo círculo eleitoral da Madeira não deixou passar ao lado a crise política que se vive na Região.

Paulo Cafôfo expressou a honra em receber o secretário-geral do PS na Madeira, mas, por oposição, criticou os sociais-democratas por se esconderem. “Luís Montenegro vem à Madeira apoiar o seu partido? Esteve nos Açores e não vem à Madeira, porque tem vergonha”, afirmou, acrescentando que Miguel Albuquerque não só perdeu a credibilidade e a confiança dos madeirenses e porto-santenses, como do seu próprio partido. Como referiu, o presidente do Governo “agarra-se ao poder para manter a imunidade que o protege de oito crimes dos quais é indiciado e pelos quais terá de responder e para manter os interesses e o compadrio que são a marca registada do PPD/PSD”.

O presidente do PS-M vincou que esta não é a Madeira que queremos, dando conta que “o PPD bateu no fundo” e assegurando que “o PS-Madeira não permitirá que [o PSD] leve a Madeira ao fundo”.

O cabeça de lista do PS-M às eleições de 10 de março alertou que “a marca da Autonomia não pode ser a corrupção e a pobreza”, sendo preciso devolver a decência à política. “Temos de restaurar o orgulho dos madeirenses e dos porto-santenses. Quem trabalha nesta terra não pode estar condenado a ser pobre, não pode continuar de mão estendida perante a chantagem de quem lhe quer dar migalhas em troca de votos. Os madeirenses merecem mais”, declarou.

Por outro lado, Paulo Cafôfo afirmou o PS como um partido fundador da Autonomia, pela qual vai continuar a lutar. “Somos autonomistas por natureza e por convicção, e não por conveniência, como o PPD/PSD, que só usa a Autonomia para beneficiar amigos, para gritar de cá para lá, para esconder a sua incompetência em resolver os problemas para os quais a Autonomia devia dar resposta”, afirmou.

De acordo com o socialista, os sociais-democratas não são verdadeiros autonomistas nem têm um projeto autonomista para a Madeira. “Não é autonomista quem podia baixar 30% dos impostos e não o faz, quem podia descentralizar competências para os municípios e não o faz, quem quer substituir o Representante da República por um mandatário de Lisboa”, esclareceu.

O PS, pelo contrário, acredita numa Autonomia de resultados na vida das pessoas, alicerçada também na solidariedade nacional. Exemplos disso, enumerou Paulo Cafôfo, são o cofinanciamento de 50% do novo hospital, o aumento de 30% da dotação financeira da Universidade da Madeira e de 10 milhões de euros para duplicar as camas para estudantes nas residências universitárias, o investimento por parte do Estado de 45 milhões de euros para o subsídio de mobilidade, a atribuição de 5% das verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, apesar de a população da Madeira representar 2,5% do total nacional, a recuperação dos tribunais, a construção de novas esquadras da PSP, a substituição dos cabos submarinos e a construção da nova gare do aeroporto do Porto Santo. “Tudo isto é resultado da Autonomia. Tudo isto é resultado do PS”, vincou.

A outro nível, o líder dos socialistas madeirenses deu conta da honra em receber Pedro Nuno Santos, mostrando-se convicto de que será o futuro primeiro-ministro de Portugal e garantindo que conta com um PS-Madeira “mobilizado, energizado e empenhado”.

Cafôfo considerou que Portugal tem de continuar no rumo certo e com mais ação, salientando que a dignidade tem de continuar a ser verdade e vincando a importância de, numa altura em que se celebram os 50 anos de Abril, defender a democracia dos populismos, radicalismos e extremismos.

Mostrou-se certo que, com o Governo do PS, continuaremos a ter um Portugal que olha para as Autonomias como o maior símbolo de coesão do País.