Carlos Pereira destaca a solução aprovada em Conselho de Ministros na passada semana que prevê um regime transitório para atribuição do subsídio social de mobilidade. Uma resolução que irá permitir que, a partir de janeiro do próximo ano, entre em vigor o novo modelo, segundo o qual os madeirenses apenas terão de adiantar 86 euros na compra das viagens entre a Madeira e o Continente, assegurando ao mesmo tempo que as companhias aéreas não deixam a rota.
Em conferência de imprensa realizada esta manhã, o deputado do Partido Socialista à Assembleia da República deu conta que esta solução encontrada permite que até ao final do ano os governos Regional e da República possam dialogar com as companhias aéreas – a TAP a Ryanair, a EasyJet e a Transavia – no sentido de “garantir que elas se adaptam para que, a partir de 1 de janeiro de 2023, esteja em vigor este modelo, sem que estas companhias saiam da rota”.
Carlos Pereira alertou para os riscos que a Madeira corria se perdesse estas companhias, referindo que viver do monopólio da TAP não seria o melhor para a Região. “Não cometemos o erro de regulamentar no sentido de se pagar os 86 euros e as companhias saírem da rota. Criamos um regime que irá garantir que, por um lado, se pague esses 86 euros e, por outro, se mantêm todas as companhias em funcionamento na Madeira, o que beneficia não só os cidadãos da Região, mas também o turismo”, vincou.
O parlamentar madeirense em São Bento considerou que atualmente a mobilidade entre a Madeira e o Continente está mais robusta, graças ao esforço feito pelos dois governos que permitiu trazer a Ryanair para a Madeira, o que fará com que os preços possam baixar. “Isto é muito importante e significa que estamos a caminhar para termos um modelo ainda melhor do que aquele que temos hoje”, frisou.
Carlos Pereira salientou também o facto de o Governo ter aprovado em Conselho de Ministros o prolongamento da concessão da linha aérea entre a Madeira e o Porto Santo, garantindo que nenhum porto-santense ou madeirense que queira ir ao Porto Santo fica para trás. “Isto é muito importante até ao ponto de garantirmos, com a serenidade que estas coisas têm de ter, o cumprimento de um novo contrato internacional que permita ter uma nova companhia ou a mesma, se esta concorrer”, rematou.