Em conferência de imprensa, a deputada socialista disse que está em causa sobretudo a acessibilidade da população envelhecida, que precisa de cuidados médicos e que dispõem apenas de um médico de família, que não tem possibilidade de atender toda a população da freguesia. Refira-se que existe a recomendação de um médico de família por cada 1.500 habitantes, contudo neste caso “estamos a falar de cerca de 3.000 pessoas”, lamentou.
Refira-se que o Centro de Saúde do Arco da Calheta fica numa área de difícil acessibilidade para os utentes que não dispõem de transporte próprio e que têm dificuldades de mobilidade, tendo em conta que os meios de transportes públicos não deixam os utentes junto ao Centro de Saúde, que fica a alguns centenas de metros desse local. Há uma grave carência de transporte público no concelho que permita a deslocação daqueles que moram nas zonas limitrofes para as áreas onde se encontram os serviços.
A candidata do PS à Câmara Municipal da Calheta salientou também que, por imposição deste condicionalismo, no que diz respeito às dificuldades de mobilidade e de acessibilidade ao Centro de Saúde, os enfermeiros e o pessoal de Saúde veem-se na obrigação de fazer as deslocações ao domicílio, o que contribui para uma menor rentabilização dos recursos humanos e do seu tempo de trabalho, referindo ainda que o Arco da Calheta é uma das freguesias da Região com mais visitas ao domicílio devido ao difícil acesso dos utentes a este Centro de Saúde.