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Sofia Canha questiona ministro da Educação sobre reforço do financiamento para a Universidade da Madeira

A deputada do PS-Madeira à Assembleia da República quer saber quais as previsões do Governo da República em termos do necessário reforço de financiamento da Universidade da Madeira (UMa).

Na audição ao ministro da Educação, Ciência e Inovação, no âmbito da discussão na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2025, Sofia Canha chamou a atenção para os constrangimentos que sofrem as universidades insulares, neste caso a da Madeira, condição que compromete o crescimento da instituição, a diversificação da oferta educativa e a sua internacionalização.

Registando como positivo que o Governo mantenha a fórmula de financiamento definida pela portaria elaborada pelo Executivo socialista, a parlamentar eleita pelo círculo eleitoral da Madeira lembrou que a ex-ministra do Ensino Superior celebrou um contrato-programa com a UMa para a transferência de seis milhões de euros de fundos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

A socialista constata que o Orçamento do próximo ano prevê o recurso a contratos-programa de desenvolvimento com as instituições de ensino superior e o financiamento de projetos específicos, perguntando, por isso, a Fernando Alexandre em que se traduz o acréscimo de financiamento para a UMa e que orçamento estará disponível para o desenvolvimento de projetos específicos da Academia madeirense.

A deputada do PS destacou ainda o papel fundamental que as universidades das Regiões Autónomas têm em termos de coesão territorial e social, evidenciando que as instituições da Madeira e dos Açores têm permitido a muitos jovens continuarem os seus estudos sem os encargos pesados com as viagens e arrendamento no território continental.

Alertando para os condicionalismos de quem vive nestas Regiões, Sofia Canha considerou necessário compensar os custos de vida com medidas fiscais diferenciadoras e com medidas de ação social e de solidariedade que mitiguem essa condição.

Considerou ainda que o investimento programado nas residências universitárias, através do Plano de Recuperação e Resiliência, é fundamental para acolher estudantes nas cidades, fazendo notar o facto de, no caso da Madeira, o Funchal ser uma das cidades mais caras do país para o arrendamento e compra de imóveis.