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Sofia Canha quer combater as desigualdades e criar condições para fixar as pessoas na Calheta

O combate às desigualdades sociais e a criação de oportunidades e de melhores condições de vida para todos os calhetenses é um dos objetivos da candidata do Partido Socialista à presidência da Câmara Municipal da Calheta.

Esta tarde, em conferência de imprensa realizada no Paul do Mar, onde, juntamente com o presidente do partido, esteve em contacto com a população, Sofia Canha afirmou que nestas eleições as pessoas devem pensar em dá garantias de ser um(a) presidente capaz de dar voz a todos, “sem criar desigualdades nem preferências”.

A candidata do PS defendeu maior transparência na ação da Câmara, defendendo que esta dialogue permanentemente com a população, sem subterfúgios.

Sofia Canha apontou algumas das áreas prioritárias do seu programa eleitoral, aproveitando para criticar a inação do atual executivo camarário em matéria de habitação, matéria sobre a qual a também vereadora já vem alertando desde 2017. Tal como afirmou, a autarquia tem vindo a desperdiçar fundos disponíveis para a habitação, ao não concorrer ao programa nacional que disponibiliza apoios para a recuperação de habitações. “O Funchal e a Ponta do Sol fizeram a sua estratégia de habitação precisamente para recorrer a este programa e a Calheta até agora nada vez, apesar de eu chamar a atenção ao longo do mandato”, vincou.

Por outro lado, Sofia Canha entende que a edilidade deve exigir ao Governo Regional a transferência dos 7,5% de IVA a que as autarquias têm direito, o que lhe permitiria ter mais recursos para poder apoiar a população mais carenciada.

O problema do despovoamento é outra das preocupações da candidata, que salienta a importância de criar condições para que as pessoas se fixem no concelho. Neste sentido, propõe a criação de um estatuto de interesse municipal para o investimento, através de incentivos próprios aos investidores que “queiram produzir emprego e criar riqueza”.

Num concelho com uma grande extensão, Sofia Canha preconiza ainda um plano de mobilidade, com o reforço dos transportes públicos, atendendo a que há muitas pessoas sem carro próprio e que se veem com dificuldades em aceder aos serviços básicos e até procurar emprego.

A candidata quer ainda uma câmara municipal proativa e que aja preventivamente, no sentido de combater as situações de pobreza que ainda se verificam no concelho.

Cafôfo defende políticas para os idosos e jovens e critica orgânica do Governo

Por seu turno, o presidente do PS-M apontou alguns dos problemas e desafios do concelho da Calheta, particularmente o envelhecimento da população e a emigração jovem, criticando a falta de políticas governamentais para inverter esta tendência.

Paulo Cafôfo destacou, por isso, aquele que é um dos propósitos da candidatura do PS, encabeçada por Sofia Canha, designadamente trabalhar nestas duas “margens” da população, apoiando os idosos e criando oportunidades para os mais jovens.

“Há um conformismo por parte desta câmara e do PSD, e o envelhecimento da população ou a emigração não podem ser encarados como uma inevitabilidade”, afirmou o líder socialista, lamentando que a autarquia não tenha políticas ativas para o apoio à população mais idosa.

O responsável referiu-se, por outro lado, à criação da Direção Regional para as Políticas Integradas e Longevidade, organismo com o qual concorda, mas cuja integração na Secretaria Regional das Finanças diz ser estranha e incompreensível. “A justificação que foi dada foi que as ‘Finanças’ têm um papel financeiro na aplicação de diferentes modelos de cuidados de longa duração. Se este fosse o critério, então nem precisávamos mais de secretarias regionais e havia apenas a das Finanças, que financia todo o modelo de governação”, observou, acrescentando que este argumento não faz sentido e só demonstra a “falta de racionalidade na orgânica e distribuição das pastas no Governo Regional”.

Paulo Cafôfo quer que a Calheta seja um concelho atrativo para os jovens e para as empresas, considerando ser necessário criar incentivos ao investimento privado, potenciando dois setores que são essenciais – o Turismo e a Agricultura. Defende ainda que têm de ser criadas condições para uma habitação a preços acessíveis, bem como a descentralização de serviços públicos.

Este é, como fez questão de referir, um conjunto de propostas da candidatura do PS, pelo que Sofia Canha é a pessoa certa para liderar os destinos da autarquia. “É uma pessoa humanista, conciliadora, que está disponível e comprometida com o seu concelho”, afirmou o dirigente, rematando que “dar força ao PS é dar força aos calhetenses”.

De referir que, esta noite, a candidata do PS e a sua equipa, acompanhados pelo presidente do PS-M, promovem um comício no Paul do Mar, onde serão apresentadas as linhas orientadoras do programa do PS para a Calheta.