Sérgio Gonçalves assegurou, hoje, que quando o Partido Socialista for Governo, os impostos irão baixar na Madeira.
A garantia foi deixada na abertura da II Convenção dos Estados Gerais, subordinada à temática do ‘Emprego e Rendimentos’, evento que, ao longo desta manhã, recolhe os contributos de diversos especialistas nacionais e regionais, entre os quais o economista e ex-ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José Vieira da Silva.
Na ocasião, o líder dos socialistas madeirenses vincou o objetivo do PS de criar oportunidades e aumentar os rendimentos dos cidadãos, não esquecendo a questão da fiscalidade. “No dia em que o PS for Governo na Madeira, os impostos irão baixar. Essa é uma promessa que vos deixo”, afirmou, defendendo a redução nas taxas do IVA e em todos os escalões de IRS, para baixar o preço dos bens e serviços que consumimos e para devolver rendimentos aos madeirenses.
Sérgio Gonçalves apontou alguns dos exemplos das prioridades do PS, quer ao nível nacional, quer regional, designadamente o objetivo de aumentar o salário mínimo até aos 900 euros até 2026, medida que deve ser acompanhada também do aumento dos salários médios, “para que não tenhamos, tal como temos na Região, uma sociedade vincadamente marcada por baixos salários”.
O presidente do PS não deixou, a propósito, de se referir ao anúncio do Governo Regional de que, no próximo orçamento regional, 86% das famílias estarão abrangidas pela redução total do IRS. “Isto é revelador desses mesmos baixos rendimentos e do falhanço desta governação”, disse, explicando que, se temos nove escalões de IRS e quase 90% dos madeirenses estão nos quatro escalões mais baixos, isso é a prova de que não há oportunidades e que não estamos perante emprego qualificado e bem remunerado. “É isso que nós temos de ser capazes de criar para as futuras gerações, invertendo a atual situação”, alertou.
Num diagnóstico da atual conjuntura, Sérgio Gonçalves lamentou o facto de termos uma Região vincadamente marcada pela falta de oportunidades, apontando o facto de na última década a Madeira ter perdido cerca de 17 mil pessoas. “Mesmo tendo regressados de outros países, como é o caso da Venezuela, o saldo líquido é extremamente negativo e é um indício claro dessa falta de oportunidades, que levaram a que a Madeira continue a ser uma terra de emigração”, disse.
O líder socialista referiu-se igualmente ao facto de os madeirenses terem o mais baixo poder de compra do país, situação que se torna ainda mais preocupante nesta fase em que a inflação atinge os valores mais altos dos últimos 30 anos e em que as taxas de juro “estão a disparar para níveis proibitivos e vão criar grandes problemas, sobretudo ao nível da habitação, que é outra das grandes carências existentes”. Isto na região com a mais elevada taxa de risco de pobreza e exclusão social – situação em que se encontra um em cada três madeirenses – e uma das mais altas taxas de desemprego do país.
Sérgio Gonçalves sublinhou, por isso, que é urgente inverter o atual estado de coisas, com soluções diferentes que permitam apostar noutros setores, diversificar a economia e criar mais empregos e mais bem remunerados.