Na ocasião, Paulo Cafôfo voltou a frisar a necessidade de um Plano Integrado da Saúde Mental na Região. «Eu considero que a saúde mental deve estar no centro das políticas públicas de saúde», afirmou, dando conta do facto de as questões relacionadas com as depressões e com as ansiedades serem cada vez mais visíveis na nossa sociedade.
O candidato referiu-se também a outros problemas associados à questão da saúde mental, destacando o «papel muito válido» que a Casa de Saúde São João de Deus tem no âmbito do tratamento do alcoolismo. Tal como adiantou, 50% das pessoas ali institucionalizadas são por razões de alcoolismo, sendo que «precisamos de dar o apoio que necessitam». «Infelizmente, não tem acontecido isso com o Governo Regional, porque durante quase 10 anos estiveram sem qualquer aumento da comparticipação e do financiamento que o Governo fazia a estas instituições. Houve no ano transato uma atualização e o compromisso seria uma atualização anual que ainda não aconteceu», constatou.
No entender de Paulo Cafôfo, o valor que é pago a estas instituições é «extremamente baixo», sendo que estas precisam de ter um planeamento pelo menos a médio prazo. «A contratualização tem de ser feita pelo menos a 10 anos, com aumentos anuais e graduais, de forma a poderem melhor gerir e darem as melhores respostas», porque se fosse a Região a «assumir diretamente a resposta, obviamente que seria o dobro do investimento ou da despesa que é necessário fazer para cada uma das camas que neste momento estão alocadas a instituições como a Casa de Saúde São João de Deus», adiantou.
O candidato socialista considera que na questão da saúde mental estão instaladas as valências. «A grande questão é transformar essas valências em resultados», refere, acrescentando que «para isso, precisamos do tal plano integrado, porque precisamos de trabalhar em rede, desde os cuidados primários até aos cuidados continuados».