InícioNotas de ImprensaSaúde é prioridade n.º1 para Paulo Cafôfo

Saúde é prioridade n.º1 para Paulo Cafôfo

“Quero aqui reafirmar que a Saúde será a principal prioridade de um Governo Regional liderado por mim, porque garantir o acesso universal aos cuidados da Saúde é um pilar fundamental de uma sociedade democrática”, afirmou.

Paulo Cafôfo deu conta dos números que confirmam a “situação insustentável” a que a Saúde na Madeira chegou e à qual urge pôr um fim. Entre os dados avançados pelo candidato estão os mais de 76.000 madeirenses e porto-santenses que em abril de 2015 estavam à espera de cirurgia ou de uma consulta hospitalar, exames radiológicos ou outros exames e que este ano ascenderam aos 100.000 atos médicos em lista de espera.

“Perante este colapso de um serviço público que já fora exemplar, esperava-se que o novo ciclo prometido pelo atual governo trouxesse uma recuperação desejada”, afirmou Paulo Cafôfo, acrescentando que “um Governo que tanto fala de autonomia e dos madeirenses não pode deixar o Serviço Regional de Saúde sem rumo”.

Como tal, Paulo Cafôfo dá o exemplo dos sistemas de saúde pela Europa que consolidaram a sua mais-valia e em cuja virtude acredita, assente num modelo que tem como pilar central um serviço público capaz de garantir o acesso universal aos cuidados de saúde articulando-se com um setor convencionado ou privado e com as Instituições Privadas de Solidariedade Social.

Articulação essa que se rege por uma lógica onde o setor privado pode complementar enquanto alternativa, o serviço publico, nomeadamente quando este se depara com situações de capacidade esgotada não conseguindo garantir cuidados em tempo útil.

No entanto, Paulo Cafôfo defende que essa relação tem obrigatoriamente de se reger por três regras essenciais:  ser exemplarmente regulada, ser publicamente transparente e, acima de tudo, que “os interesses do setor privado nunca possam parasitar o serviço público nem desvitalizar económica e financeiramente os nossos hospitais e centros de saúde”.

“A saúde para nós nunca será um bem de consumo, mas sim um direito que temos de proteger. É um garante da nossa Autonomia e a nossa Autonomia tem de garantir a melhor saúde para a Região com um modelo que sirva os madeirenses e porto-santenses, todos sem exceção”, acrescentou.

O candidato socialista falou ainda no subfinanciamento que diz estar a acontecer no Sistema Regional de Saúde considerando que “é fundamental mais investimento se queremos contrariar a degradação do nosso SRS, particularmente visível nesta última década” opção que, diz, “obriga a recentrar as prioridades que até agora têm condicionado a gestão do orçamento da Região”.

Paulo Cafôfo afirmou ainda a importância do papel da Segurança Social na criação de condições para que camas hospitalares tão necessárias não estejam ocupadas por casos sociais e com alta clínica, responsabilidade que lhe pertence.

“Esta intervenção urgente da Segurança Social permitiria equacionar soluções favoráveis a uma desativação parcial e gradual do Hospital dos Marmeleiros, com a sua conversão em lar de acolhimento com a tutela entregue à Segurança Social”, sustentou.

Segundo o candidato socialista, assiste-se hoje a “um colapsar do SRS por via de um grave estrangulamento no acesso aos cuidados de saúde”, razão pela qual é urgente que exista uma mudança”.

Lançando críticas ao atual executivo, que no meio de promessas optou pelo “betão, pelo eleitoralismo, pela gritaria desalmada e crítica leviana”, o candidato do PS-M assegurou que não irá fazer igual.

“Vamos reconquistar a confiança de cada madeirense e porto-santense no nosso Sistema Regional de Saúde. Vamos devolver aos nossos excelentes profissionais a motivação e o estímulo para juntos, recuperarmos o prestígio de um SRS que foi uma bandeira respeitada da nossa Autonomia”, disse.

Paulo Cafôfo afirmou que quer ser “o líder de uma mudança efetiva que uma grande maioria da nossa população anseia”, assegurando que não tem, nunca teve e nunca terá “qualquer ligação a qualquer grupo económico” e que tudo o que fará será “com que a transparência, a regulação, e a fiscalização sejam bases mestres de todas as nossas políticas”.