Sara Cerdas esteve esta manhã reunida com a Ryanair, em Bruxelas, para debater questões que afetam a conectividade aérea europeia e a competitividade dos Estados-Membros, em especial Portugal.
Na ocasião, a Eurodeputada do PS questionou a possibilidade de novas rotas para o Porto Santo, apontando todo o potencial que a ilha dispõe. O responsável da Ryanair informou que a companhia aérea vai aumentar a sua capacidade, nomeadamente ao nível da frota de aviões, e que novas rotas estão atualmente a ser estudadas. Embora sem confirmação no imediato, comprometeu-se a aferir esta possibilidade.
Sara Cerdas pediu também respostas para os constrangimentos, sentidos pelos madeirenses, em reaver o valor do subsídio social de mobilidade. O problema tem-se verificado, por um lado, no impedimento, pelos CTT, em reaver o subsídio, devido ao facto da documentação da própria companhia aérea não estar em conformidade, e por outro pela demora da própria em enviar os documentos necessários. Para a eurodeputada, esta situação prejudica os madeirenses, mas também a forma como a companhia é percepcionada localmente. “Precisamos de respostas para estes problemas e estou certa que é do interesse de ambas as partes resolvê-los”.
Em cima da mesa esteve ainda os consecutivos atrasos e cancelamentos de voos, que resultam da greve no espaço aéreo francês e que têm prejudicado milhões de passageiros – segundo a companhia, só este ano, 350 voos de e para Portugal já foram afetados. A Ryanair lançou recentemente uma petição para que a Comissão Europeia intervenha e crie leis de serviços mínimos para salvaguardar as operações de sobrevoo, permitindo a outros controladores aéreos europeus gerir os voos que passam pelo espaço aéreo francês, especialmente quando estão somente de passagem.
Sara Cerdas integra as Comissões de Ambiente, Saúde Pública e Segurança Alimentar e de Transportes e Turismo no Parlamento Europeu. A eurodeputada tem insistido em garantir uma justa coesão territorial das regiões ultraperiféricas, como a Madeira e os Açores, ao continente europeu, face à sua forte dependência do transporte aéreo e marítimo e a fim de mitigar os obstáculos ao princípio da livre circulação de pessoas e bens.