Sara Cerdas apelou à Comissão Europeia e aos Eurodeputados que encontrem “ações imediatas para as regiões ultraperiféricas que promovam uma efetiva coesão social e territorial, através da conetividade aérea e marítima, o emprego e o acesso à formação e derrogações na transição ambiental, que permitam às regiões ultraperiféricas a sua plena adaptação”.
A eurodeputada referia-se, em específico, à estratégia renovada para as regiões ultraperiféricas apresentada pela Comissão Europeia, no passado dia 3 de maio. Sara Cerdas saudou a estratégia, que “coloca as pessoas em primeiro lugar e que contempla os desafios que estas regiões, como a Madeira e os Açores, enfrentam”, mas enfatizou os desafios que persistem nestas regiões, como as “taxas de emprego abaixo da média da UE, especialmente entre os jovens, o alto nível de pessoas em risco de pobreza e o declínio populacional”.
No Parlamento Europeu, estão em curso as negociações do pacote legislativo “Fit for 55”, que visa assegurar que a União Europeia cumpre a meta de redução de pelo menos 55% das emissões até 2030, relativamente aos níveis de 1990, e atingir a neutralidade climática até 2050.
Sara Cerdas está a trabalhar em emendas, em conjunto com outros eurodeputados, para irem a plenário em junho, no âmbito deste pacote legislativo. As alterações visam derrogações para as regiões ultraperiféricas na transição ambiental, uma vez que o atual pacote não está a salvaguardar de forma suficiente às necessidades e especificidades das regiões ultraperiféricas. Pretende-se que estas regiões possam dispor de mais tempo para se adaptarem à transição climática e energética, sem colocar em causa o seu desenvolvimento socioeconómico, nomeadamente com o transporte de passageiros e mercadorias.