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Sara Cerdas critica a não abertura de concurso para candidaturas a sistemas de incentivos às empresas da região

Sara Cerdas lembrou o manifesto Geração Madeira, no qual estão identificadas dez áreas prioritárias que guiarão os trabalhos no mandato no Parlamento Europeu, e destacou o facto de neste “green hotel” estarem bem enquadradas duas dessas áreas, nomeadamente o turismo e a sustentabilidade ambiental e combate às alterações climáticas.

A candidata socialista elogiou as práticas seguidas por esta unidade hoteleira, ao ser autossustentável em termos energéticos, ao usar equipamentos eficientes e ao utilizar materiais reciclados para as suas mobílias, contribuindo, desta forma, para um melhor ambiente. Considerou, por isso, que este deveria ser um exemplo a seguir, tendo também em conta a importância que o setor do turismo tem para a nossa Região. Tal como referiu, o turismo contribui para 25% do nosso Produto Interno Bruto, e «estes são exemplos que temos de replicar, porque o combate às alterações climáticas tem de ser feito agora, e esta consciencialização, esta inovação tem de ser aproveitada e tem de servir de exemplo».

Por outro lado, Sara Cerdas aproveitou a ocasião para abordar a questão do apoio aos empresários, lembrando que os sistemas de incentivo são instrumentos muito importantes para o apoio às empresas na nossa Região. No entanto, afirmou que o programa Funcionamento 2020 «não foi alvo de qualquer aviso de abertura de concurso nos últimos dois anos». «Isto é completamente inaceitável», alertou, lembrando que este é «o único apoio que nós temos para o transporte de mercadorias entre a RAM e o território nacional», seja o transporte das matérias-primas para a transformação, seja o transporte dos produtos transformados e produzidos na nossa Região.

A candidata deu conta também de outros sistemas de incentivos importantes, nomeadamente o Valorizar, o Empreender e o Internacionalizar, que «não foram alvo de aviso de abertura de concurso em 2018, sendo que nos dois últimos houve aviso de abertura em 2019, mas com significativa redução dos limites máximos de incentivo». Tal como referiu, face ao que aconteceu na primeira fase, «o Empreender foi de 500 mil euros para 75 mil euros como limite máximo de incentivo por candidatura» e, no Internacionalizar, «temos uma redução de 250 mil euros para 50 mil euros».

Segundo Sara Cerdas «este atual cenário torna-se muito preocupante», porque quando existe uma transição de Quadro Comunitário, neste caso de 2014-2020 para 2021-2027, «existe um período em que não são disponibilizados sistemas de incentivos. Portanto, estamos a falar de um longo período de vários anos em que não existirá apoio para as empresas e empresários da nossa Região».