A pobreza e as políticas sociais e a solidariedade foram alguns dos temas abordados numa discussão que se centrou na Europa e naquelas que são as visões de futuro, sem esquecer os problemas atuais dos madeirenses.
Sara Cerdas referiu-se a estas questões como flagelos nos quais é preciso trabalhar apesar do desenvolvimento permitido pela Europa, afirma a candidata que define o combate à pobreza, à desigualdade social e o acesso à educação e à saúde como prioridades.
A candidata do PS-Madeira ao Parlamento Europeu aproveitou o momento para reafirmar o compromisso de que irá trabalhar “empenhadamente” na Europa com vista à defesa do Centro Internacional de Negócios (CINM). Num assunto que mereceu algum destaque ao longo da iniciativa, Sara Cerdas pediu “legalidade” e “transparência” na forma como é conduzido o processo em curso.
“O Centro Internacional de Negócios é um veículo importantíssimo para a economia da Região e um polo criador de emprego”, disse.
O Brexit, e a saúde do Reino Unido da União Europeia, foi outra das questões a debate com a candidata socialista a revelar estar muito atenta ao assunto. Lamentando a opção do Reino Unido, Sara Cerdas considera que a Europa deve atuar de forma firma na defesa dos seus Estados-membros.
Para a médica, depois o Brexit a Europa deverá ser ainda mais capaz de valorizar questões como a democracia, a igualdade e o Estado de direito garantindo a manutenção das relações económicas com o Reino Unido.
Sobre a relação dos madeirenses com a Europa, Sara Cerdas afirma que o roteiro de proximidade que o PS tem vindo a manter tem demonstrado que “as pessoas não têm noção da importância que a Europa representa no dia a dia dos cidadãos”.
Nesse sentido, a candidata acredita que é preciso mostrar à população as vantagens do projeto europeu em termos de garantia de segurança, de qualidade alimentar, de paz, de solidariedade entre os povos e de melhor educação e saúde.
Sara Cerdas lançou ainda críticas à forma como algumas entidades utilizam dinheiros europeus assumindo o trabalho feito como obra própria.
“Quando vamos a inaugurações nunca dizem que os 85% do financiamento vieram da Europa, congratulam-se, fazem com que a obra seja sua”, diz.
A candidata relembrou a importância do projeto europeu, defendendo a rentabilização e a criação de programas destinados a jovens e crianças em áreas como a saúde e os serviços sociais.
A defesa do estatuto de Região Ultraperiférica que tem vindo a permitir à Madeira beneficiar de apoios para combater problemas como o isolamento e a menor capacidade produtiva e industrial ficou também assente por Sara Cerdas como prioritário após a eleição.