Uma governação para as pessoas e com o foco na constante evolução e progresso do concelho de Machico. Este é o desígnio do socialista Ricardo Franco, que hoje apresentou a sua recandidatura à presidência da Câmara Municipal de Machico, sob o lema ‘Por Machico, com os Machiquenses’.
O candidato, e atual autarca, garantiu “todo o empenho, sentido de responsabilidade e de compromisso incondicional” e deu conta que pretende dar continuidade ao projeto iniciado em finais de 2013, com a implementação de um novo estilo de governação autárquica, rompendo com os estigmas de uma antiga postura e forma de fazer política excessivamente partidária, “onde a proximidade às pessoas e a resolução dos seus problemas passou a ser ponto de honra”.
Ricardo Franco recordou a “tarefa hercúlea” que foi sanear e reabilitar a situação financeira da Câmara Municipal de Machico, recuperando-a dos “trágicos” 30 milhões de euros de dívida de 2013 para menos de 1,5 milhões de euros atualmente. Isto em menos de 8 anos e com o enorme sacrifício que tal representou para a população do concelho.
“Esse trabalho permitiu que a nossa Câmara passasse a ser respeitada, quando antes ninguém lhe dava crédito”, afirmou, destacando que, fruto da maior recuperação financeira de sempre, “conseguimos ganhar capacidade de endividamento e garantir o primeiro empréstimo bancário, em mais de 12 anos, para aquilo que estamos a executar agora, ou seja repavimentar muitas das nossas estradas”.
A propósito, acusou o PSD de “tentar menosprezar este trabalho, dizendo que só é feito porque há eleições”. “O significado é exatamente ao contrário. O que o partido laranja não esperava é que nós conseguíssemos, ainda durante este mandato, proceder à reparação das nossas estradas, num processo que se iniciou em 2020, após garantirmos as condições para recorrer a um empréstimo com algum volume financeiro, o que permitiu lançar o concurso da empreitada […]. Aliás, compreendemos o incómodo do PSD, até porque este partido político, incompreensivelmente, votou contra o pedido de empréstimo e, votando contra o empréstimo, não queria que as estradas fossem repavimentadas, com todos os benefícios que isso representa”, deu conta.
Apesar das dificuldades e do desdém dos adversários, Ricardo Franco elencou o trabalho que foi conseguido pela vereação socialista, sem que o município tivesse recebido “um cêntimo de apoio que fosse nem a solidariedade do Governo Regional, que continua estacionado no passado, no preconceito e a discriminar os municípios em função da sua cor política”.
Ricardo Franco assegura que se candidata para defender os legítimos interesses de Machico.
Anunciou ainda os nomes que compõem a sua lista de candidatos efetivos, designadamente Nuno Moreira, Mónica Vieira, Hugo Alexandre Marques, Manuel Spínola, Catarina Santos e Marco Estrela. Trata-se, como frisou, de “uma candidatura e uma equipa que pretende manter a postura de cumplicidade e de interação constante com os nossos concidadãos e munícipes e manter, acima de tudo, uma governação para as pessoas, sem esquecer os superiores interesses do concelho e da sua constante evolução e progresso”.
Machico tem de continuar a lutar contra os piratas
Por seu turno, o presidente do PS-M destacou o trabalho que tem sido feito pelo executivo camarário socialista em Machico, liderado por Ricardo Franco, mostrando-se convicto numa grande vitória nas eleições de 26 de setembro.
Paulo Cafôfo salientou que Machico tem sido um exemplo na forma como se faz política na Região e aludiu à história do concelho, terra pioneira do descobrimento da Madeira. Lembrou o exemplo dos Fachos, que tiveram origem na defesa militar contra os piratas e contra os corsários. “Machico fez isso no passado e continua a fazer no presente contra os piratas desta terra que queiram abusar dos madeirenses e dos porto-santenses”, disse, advertindo que “os piratas ainda continuam aí, e é por isso que Machico tem de continuar a ser terra de liberdade, terra de Abril e terra de resistência”, pelo que “precisamos que Ricardo Franco continue à frente dos destinos deste concelho”.
O líder socialista destacou a competência e capacidade do autarca e candidato, salientando o facto de ter conseguido baixar a dívida do município de 30 milhões de euros para menos de dois milhões. “Machico precisa de uma pessoa como tu, precisa do PS”, vincou Paulo Cafôfo, dizendo que os machiquenses não podem contar com o Governo Regional, que “tem sempre buscado conflitos na esperança de que nada se resolva, que não saiamos deste pântano em que estamos atolados, de buscar uma guerrilha, de atirar pedras aos outros para ocultar a sua própria incompetência”.
É um governo que, ao invés de desenvolver integralmente a nossa Região, só olha para uns, para os seus interesses, para as suas clientelas partidárias e os interesses que giram à volta do orçamento Regional”, denunciou Paulo Cafôfo. O responsável deu o exemplo do IRS dos municípios, lembrando que os tribunais têm dado razão às câmaras municipais, mas o Governo não acatou a decisão e recorreu. Criticou, por isso, a dualidade de critérios do Executivo. “Este Governo que recorre ao tribunal para não pagar o que deve às câmaras é o mesmo Governo que não recorre aos tribunais quando as construtoras pedem indemnizações e, fora dos tribunais, em acordos extrajudiciais, entregou às construtoras 55 milhões de euros. Onde é que está a justiça de um Governo que só olha para os seus interesses e não olha para os interesses de toda a população?”, questionou.
Referiu ainda que “a roda da fortuna que existe na Madeira só para alguns tem de acabar” e que é preciso um Governo Regional que olhe para quem vive em Machico e veja que são madeirenses também.