Para o candidato, mais do que mais um município, o Porto Santo é uma ilha e sofre de dupla insularidade, pelo que «há que haver uma discriminação positiva para que possamos inverter e resolver os problemas».
«Não basta ter o Porto Santo no coração, é preciso termos a racionalidade e a capacidade de resolver os problemas», afirmou Paulo Cafôfo, que esta quinta-feira se deslocou até ao Porto Santo para desenvolver contactos com a população e assistir ao Festival Colombo.
Uma das questões a resolver é a dos transportes. Paulo Cafôfo não considera aceitável que o Porto Santo não tenha ligação marítima diária para o Funchal e que a ilha fique privada do Lobo Marinho em janeiro quando a embarcação está em doca para a manutenção anual. «A nossa proposta é que o ferry de ligação entre a Madeira e Lisboa possa aqui fazer uma escala no Porto Santo e servir a população, para não ficar um mês sem este importante meio de transporte. É isso que vai acontecer pelo caderno de encargos e no concurso internacional que vamos lançar», aponta.
O candidato do PS à Presidência do Governo Regional aponta também a saúde e o emprego como uma prioridade para a “Ilha Dourada”. Paulo Cafôfo defende que o Centro de Saúde local conte com um médico de medicina interna, fundamental para garantir outra qualidade dos serviços de saúde, bem como a presença semanal de um médico pediatra.
A sazonalidade e o desemprego são outras preocupações que Paulo Cafôfo tem em relação ao Porto Santo. Face ao grande potencial turístico que a ilha tem, o candidato considera que a promoção tem de ser feita noutro formato do que aquela que é feita na Madeira.
«Precisamos de ter a capacidade para conseguir incentivar e apoiar companhias aéreas que possam trazer turistas para preencher as camas e dinamizar toda uma economia», sustentou, vincando a importância que o turismo tem enquanto setor alavanca da economia da Região.