O secretário-geral do PSD veio à praça pública despejar um conjunto de injúrias e mentiras sobre o Governo da República e, em particular, sobre o primeiro-ministro e secretário-geral do PS, António Costa, em mais uma mostra de tremenda falta de civilidade num discurso mentiroso que apenas tem um objetivo: defender a sobrevivência do seu candidato à Câmara do Funchal num momento em o seu partido investe o que tem e o que não tem, sem olhar a escrúpulos, para atingir os seus fins eleitorais no dia 26 de setembro.
José Prada pensa que os madeirenses não sabem ajuizar corretamente o que é a realidade daquilo que é a sua narrativa tendenciosa e profundamente marcada pela enorme necessidade de mentir para se manter no poder a todo o custo, repetindo um conjunto de injúrias sobre o contencioso com a República, os quais todos sabem qual é a realidade e as responsabilidades de cada um.
Não precisamos de ir muito longe para detonar as mentiras que são ditas por José Prada, como o facto de haver portugueses de primeira de portugueses de segunda.
O Plano de Recuperação e Resiliência prevê para Madeira 5% do total das verbas nacionais, mesmo tendo 2,5% da população nacional. Um grande investimento, que duplica o valor que seria alocado à Região e que é uma prova que os madeirenses estão em primeiro e que investir na Madeira será sempre uma prioridade para os governos PS.
O PRR no continente reserva também uma importante parcela para o poder local, algo que na Região não acontece. O executivo madeirense acumula, aliás, contenciosos com o poder local, recusando-se pagar aos municípios as verbas do IVA a que têm direito, bem como cumprir com a devolução das verbas do IRS às autarquias relativas aos anos de 2009 e 2010, somando quase 9 milhões de euros.
Para o Governo Regional e o PSD, a prioridade é ganhar eleições seja como for, numa luta pela sobrevivência das elites partidárias nos lugares de poder, usando dos mais vis métodos para descaradamente enganar a população.
O PS sempre teve uma posição construtiva, elevada e de abertura ao diálogo em todos os dossiers de contencioso para com a República, apresentando soluções e sendo o principal instigador de uma política de diálogo em prol do aprofundamento da autonomia, nomeadamente na revisão da Lei das Finanças Locais e Estatuto Político Administrativo, e não se revê nesta postura de ‘bullying’ partidário que não serve os interesses dos madeirenses.
Gonçalo Aguiar
Secretário-geral do PS-Madeira