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PS vota contra Orçamento que “tenta salvar a pele de Miguel Albuquerque” e não responde às necessidades dos madeirenses

O PS-Madeira vai votar contra o Orçamento Regional (ORAM) para 2025, por entender que o mesmo não dá resposta aos problemas estruturais da Região e apenas “tenta salvar a pele de Miguel Albuquerque”.

O sentido de voto foi decidido por unanimidade, esta manhã, na reunião da Comissão Política do PS, tendo, na ocasião, Paulo Cafôfo vincado que quem tem a responsabilidade de aprovar o Orçamento são os partidos que viabilizaram o Governo de Miguel Albuquerque.

O líder socialista lembrou que o PS já havia votado contra o Programa de Governo e o Orçamento para 2024 (ainda que na generalidade se tivesse abstido e dado o benefício da dúvida, apresentando propostas que, afinal, acabaram por ser todas recusadas pelo PSD), pelo que, de forma coerente, irá votar contra o ORAM 2025, já que o mesmo “não responde às necessidades dos madeirenses” e acaba por ser de continuidade, não alterando nada e mantendo “os interesses instalados e as desigualdades”.

Paulo Cafôfo adiantou também que, ao contrário de outros partidos que acham que se devia passar logo para a votação da moção de censura – curiosamente partidos que deram a mão a Miguel Albuquerque –, o PS entende que a discussão do Orçamento deve acontecer. “O PS não foge ao debate e, por isso, acha bem que se debata o Orçamento, até para confrontar o PSD com as suas políticas, mas também confrontar os partidos que as viabilizaram”, explicou, reforçando que a responsabilidade da aprovação do ORAM “deve ser dos partidos que viabilizaram o Programa de Governo”.

Por outro lado, o presidente dos socialistas considerou que este é um orçamento elaborado a pensar já nas eleições antecipadas, que “dá algumas migalhas, esperando em troca o voto no PSD”, mas esclareceu que “as migalhas não enchem a barriga a ninguém”, nem “matam a fome”. “É um orçamento eleitoralista, porque tenta salvar a pele de Miguel Albuquerque, mas não salva os madeirenses da pobreza, da doença (pelo tempo excessivo em listas de espera) e da falta de uma habitação condigna”, disse.

Paulo Cafôfo antevê também que o PSD e o Governo Regional venham a fazer “muitas chantagens” e deixa fortes críticas a Miguel Albuquerque. “O presidente do Governo diz que é surreal a situação que se vive na Região, mas é surreal porque ele é o principal ator do surrealismo. Esta instabilidade que se vive na Região tem origem em Miguel Albuquerque, porque ele garantiu estabilidade, mas aquilo que temos assistido é precisamente a instabilidade”, disse o presidente do PS-M.