Sérgio Gonçalves acusou, hoje, o Governo Regional de ter vindo a negligenciar o setor das pescas, em particular no que toca à renovação da frota pesqueira do peixe-espada preto, assegurando que quando o PS for Governo irá reforçar substancialmente os apoios para este efeito.
Numa iniciativa política, esta manhã, em Câmara de Lobos, o presidente do PS-Madeira deu conta que a frota de espadeiros conta com 23 embarcações e que são cerca de 240 pescadores que se dedicam a esta atividade tradicional, sem que tenham condições dignas para tal, já que muitos barcos não têm nem casa de banho, nem refeitório.
O cabeça-de-lista do PS às eleições regionais de 24 de setembro afirmou que os armadores têm vindo a lançar vários alertas sobre a dificuldade de manterem esta atividade em funcionamento, mas constatou que, “da parte do Governo Regional, desde há largos anos a esta parte, não têm havido quaisquer medidas nem quaisquer apoios para este setor, especificamente para a renovação da frota de peixe-espada”.
Sérgio Gonçalves criticou o facto de não ter sido apresentada às instâncias europeias uma estratégia para o mar, o que impediu que a Região pudesse aceder a verbas comunitárias para apoiar a renovação da frota, e lamentou que, tendo a Região recebido quase 600 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência, o Executivo tenha excluído o setor das pescas e os setores produtivos destes apoios.
“Só agora, em ano eleitoral, é que o Governo Regional vem anunciar um apoio de 1 milhão de euros para a renovação da frota. Mas, como sabemos, esse valor é insuficiente para 23 embarcações”, sustentou o presidente do PS-M. Como explicou, este montante não chega para fazer manutenções e, muito menos, para a construção de novos barcos. “Uma nova embarcação custa precisamente um milhão de euros. Portanto, um milhão de euros a dividir por 23 armadores é manifestamente insuficiente”, frisou.
Por isso, Sérgio Gonçalves garantiu que se o PS for Governo Regional irá reforçar substancialmente os apoios para a renovação da frota do peixe-espada, “porque é fundamental defender esta atividade, não apenas por aquilo que representa em termos económicos para estas famílias e para estes armadores, mas também para o nosso turismo e para a nossa gastronomia, que dependem naturalmente do peixe-espada preto”.