A candidatura do Partido Socialista à Câmara Municipal do Funchal assegurou, hoje, que vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance em termos legais para salvaguardar os direitos dos cidadãos no acesso à Praia Formosa e para travar a invasão deste local que classifica como a “menina dos olhos dos funchalenses”.
Numa iniciativa de campanha promovida esta tarde, Rui Caetano lembrou que havia um plano de pormenor já em fim de preparação, deixado pela anterior vereação liderada pelo PS, que defendia o interesse público, mas acusou a Câmara PSD/CDS de o ter “deitado no lixo”, avançando com “uma unidade de execução à pressa, sem estudos de impacto ambiental, paisagístico, geológico e, inclusive, de segurança”. Uma situação que, disse, é posta em causa pelo próprio tribunal, que, num acórdão, alerta para a inexistência destes estudos e para a não salvaguarda do domínio público marítimo.
O candidato socialista alerta a população para que não se deixe enganar pelo PSD e pelas suas falsas promessas e pede uma oportunidade para mostrar que é possível gerir e planear a cidade a médio e longo prazo, tendo sempre como objetivo a garantia da qualidade de vida e dos interesses dos funchalenses.
Rui Caetano alertou que os projetos previstos para esta zona terão habitações que não serão acessíveis aos bolsos dos funchalenses e que o grande objetivo será criar mais Alojamento Local, mas deixou uma garantia: “connosco na Câmara do Funchal, não vamos permitir que o AL continue a invadir os prédios de habitação”. Aliás, no campo da habitação, adiantou que, com o PS, avançarão os projetos que estão fechados na gaveta – cerca de 170 casas que já tinham financiamento garantido e que esta vereação PSD/CDS não foi capaz de concretizar.
No tocante propriamente à Praia Formosa, o socialista adiantou que, uma vez na autarquia, irá exigir aos promotores que salvaguardem os direitos dos funchalenses, assegurando que uma percentagem das habitações a construir sejam a preços acessíveis.
“Enquanto presidente de Câmara, não vou permitir que a cidade e a Praia Formosa sejam vendidas a retalho. Nós vamos fazer tudo o que a lei permite para tentar travar a especulação imobiliária que se pretende fazer aqui, evitando que se destrua a paisagem, a qualidade do ambiente e os acessos ao mar”, rematou.