Sérgio Gonçalves reafirmou, hoje, que o PS é o único partido com soluções para os problemas da Região, garantindo que o Governo Regional por si liderado irá devolver a Madeira aos madeirenses.
Num jantar-comício com militantes e simpatizantes em São Vicente, o candidato do PS às eleições legislativas regionais do próximo domingo criticou o Executivo do PSD por ter sido incapaz de dar resposta aos problemas e preocupações da população, apontando a habitação como um dos exemplos mais paradigmáticos, tendo em conta as carências existentes, o facto de os jovens não terem condições para comprar ou arrendar casa e de a classe média estar estrangulada pelo aumento dos juros dos créditos à habitação.
Aproveitou para censurar as declarações de Miguel Albuquerque que, na Ribeira Brava, disse que nunca como agora se venderam terrenos a preços tão altos ou foram construídas tantas casas para residentes estrangeiros. “Nós não temos nada contra o turismo, muito pelo contrário”, referiu Sérgio Gonçalves, acrescentando que o turismo é importante, mas é preciso também “olhar aos outros setores e, acima de tudo, aos madeirenses, às nossas pessoas”. “Nós precisamos devolver a Madeira aos madeirenses, e não ter apenas a Madeira como um destino turístico”, frisou.
No campo da habitação, reafirmou o compromisso do PS de celebrar contratos-programa com todas as autarquias, sem olhar a cores políticas, para a construção de mais casas, assim como incentivar a habitação cooperativa, não apenas com incentivos fiscais, mas também disponibilizando terrenos do Governo para que seja possível construir casas a preços controlados. “Ao contrário de Miguel Albuquerque, nós não vamos gastar 150 milhões de euros para aumentar a Pontinha. Nós vamos usar esse dinheiro para construir mais 800 ou 900 casas que tanta falta fazem aos madeirenses”, frisou.
A outro nível, Sérgio Gonçalves criticou o facto de as listas de espera na saúde terem duplicado desde que Miguel Albuquerque é presidente do Governo, adiantando que, como o PS, serão implementados tempos máximos de resposta garantidos, definindo prazos clinicamente adequados para que as pessoas sejam atendidas. Não sendo cumprido esse prazo, os utentes poderão recorrer ao privado, sem que tenham de pagar. “Não podemos continuar a ter madeirenses de primeira, que têm dinheiro para ir ao privado, e madeirenses de segunda, que não conseguem aceder à saúde e passam meses e anos à espera de ver a sua situação resolvida apenas porque este Governo Regional é incapaz e, ao fim de oito anos, não conseguiu resolver este problema”, sustentou. Garantiu ainda a reabertura das urgências de Santana e Porto Moniz durante 24 por dia.
Outra das prioridades do PS será a redução de impostos em sede de IVA e de IRS. Como explicou, se a taxa de IVA baixar de 22% para 16%, ao fim de um ano isso representará um mês de poupança nas despesas. Já no que se refere ao IRS, considerou inaceitável que os madeirenses paguem mais do que os açorianos em cinco dos nove escalões.
A gratuitidade da escolaridade obrigatória (manuais, transportes e alimentação) e o apoio de até 200 euros aos estudantes universitários deslocados, para fazerem face às despesas com alojamento, foram também promessas deixadas por Sérgio Gonçalves, que não esqueceu igualmente as particularidades da costa norte e dos territórios rurais.
Como afirmou o candidato do PS à presidência do Governo Regional, os agricultores da Madeira têm os rendimentos mais baixos do País, em parte também devido aos baixos valores pagos pelo Executivo aos produtores. “Os preços que são pagos pelo Governo Regional são insuficientes para o trabalho que os agricultores têm, para poderem ter uma vida digna e poderem dedicar-se a esta atividade”, referiu sublinhando a importância de apoiar este setor, contribuindo assim para reduzir a nossa dependência do exterior, preservar a nossa paisagem e o nosso património e ajudar o turismo.
Perante esta realidade, Sérgio Gonçalves sublinhou que “é muito difícil fazer pior do que tem feito Miguel Albuquerque” e que se alguma vez a Região mudou para pior foi em 2015, quando aquele chegou ao Executivo.
O socialista disse que o PSD teve 47 anos para mostrar o que vale, mas foi incapaz de resolver os problemas. Como tal, pediu aos madeirenses que deem uma oportunidade ao PS para “governar melhor, fazer diferente e muito melhor pela Madeira”.
Por seu turno, Sara Silva, candidata a deputada, sublinhou a importância de, no próximo domingo, todos votarem PS, pois só dessa forma será, de facto, possível mudar a Madeira.