Paulo Cafôfo adiantou hoje que, com um Governo do PS, será criada uma reserva agrícola na Região. Uma forma de assegurar que os terrenos mais férteis sejam destinados à manutenção e valorização da agricultura e de, simultaneamente, ajudar a combater a especulação imobiliária e atenuar o problema da habitação, tendo em conta que, como explicou, esta medida permitirá que os proprietários desses terrenos possam aí construir as suas habitações, com a condição de manterem a atividade agrícola.
Numa iniciativa promovida esta manhã no mercado da Penteada, o líder socialista salientou que o PS está sempre ao lado dos agricultores, com medidas no sentido de valorizar a agricultura e melhorar o rendimento de “gente que faz tanto pela Madeira a trabalhar a terra”. Algo que, frisou, não tem de ser uma escravidão, mas sim um trabalho remunerado com a dignidade que esta atividade merece.
Paulo Cafôfo lembrou que a Madeira é a única região do País que não tem uma reserva agrícola e realçou que é essencial valorizar a agricultura, não só para garantir a produtividade, mas também porque esta atividade permite a manutenção da paisagem e a segurança do território. “Terrenos abandonados são terrenos férteis para que o fogo possa alastrar e perigar pessoas e bens”, alertou.
Assim, asseverou que, com um Governo socialista, será criada uma reserva agrícola, guardando os terrenos mais férteis para este efeito e contrariando o declínio que a atividade e a área agrícola têm vindo a sofrer ano após ano.
“Com a reserva agrícola iríamos dar um passo em frente no sentido de continuar a nossa agricultura, com outra valorização e com maior produtividade”, reforçou o presidente do PS-M, explicando que esta medida teria também outro benefício. Como deu conta, o objetivo é permitir que os proprietários dos terrenos possam também aí construir as suas habitações, o que implicará “não favorecer, nem promover a especulação imobiliária”, que tem contribuído para a crise na habitação que se verifica na Madeira, em que a esmagadora maioria dos madeirenses não consegue adquirir casa. Como rematou, esta reserva agrícola vai impedir que terrenos que são férteis sejam utilizados pelos “patos bravos” e transformados em projetos imobiliários, aumentando ainda mais a crise da habitação na Região.