“Seria muito mais profícuo para os madeirenses que a deputada Sara Madruga da Costa, em vez de apontar o dedo aos seus colegas de outros partidos, por fazerem o seu trabalho, tentasse arranjar espaço dentro da sua bancada parlamentar para colocar questões”, afirmou o socialista. “É mais fácil dizer que o ‘deputado x’ ficou sem resposta do que explicar porque é que a própria nem sequer pergunta fez”, acrescentou. “Diz tanto de quem se põe em bicos de pés para cavalgar o trabalho alheio, como quem reproduz sem fazer as perguntas que se impõem”, criticou.
Luís Vilhena lembrou ainda que não foram só as perguntas dos deputados do PS-Madeira e Açores que ficaram sem resposta pelo primeiro-ministro no debate do Estado da Nação. Ainda assim, os deputados tiveram o cuidado de fazer, de imediato, uma pergunta ao abrigo do regimento que endereçaram ao primeiro-ministro dando conhecimento à comunicação social. “O que fez o PSD?”, pergunta. E responde: “Uma mão cheia de nada, a menos que se considere que as ‘queixinhas’ são trabalho político”.
O socialista não deixa de achar curioso que se trata da mesma deputada que veio dizer na imprensa regional que esperava ver os temas. “Mais importante do que o debate da Nação é perceber se os dossiers da Madeira estão a avançar”, afirmou Sara Madruga da Costa ao DN da Madeira, para no mesmo dia vir criticar quem o procurou fazer. “É o grau zero da política”, analisou.
“Os madeirenses sabem porém separar o trigo do joio e se lhes perguntarem quem procurou estar sempre com a Madeira no parlamento nacional terão pronta resposta. O debate do Estado da Nação não foi excepção”, terminou.