O Partido Socialista dá razão aos trabalhadores do Centro de Abate da Região Autónoma da Madeira (CARAM), que anunciaram greve de cinco dias, entre 10 e 14 de julho, como forma de reivindicação pela valorização profissional e melhoria das condições de trabalho a que estão sujeitos.
A posição foi expressa pela responsável pela Tendência Sindical do PS Madeira, Sofia Canha, que criticou a atitude omissa do Executivo liderado por Miguel Albuquerque nesta matéria.
“Onde anda o Governo Regional que não atende às legítimas reivindicações dos trabalhadores de uma empresa pública?”, questionou a dirigente socialista, acusando o “patrão Região” de não zelar por estes trabalhadores, “gerando entre eles muita indignação e com razão”.
Segundo fez notar Sofia Canha, “à semelhança do que acontece com quase todas as entidades públicas empresariais que integram recursos humanos sob dois regimes de trabalho, o CARAM impõe condições diferentes para trabalho igual”.
Assim, “sem um instrumento de regulação coletiva, as desigualdades geram mal-estar e desmotivação”, salientou Sofia Canha, defendendo uma solução que passe pela “harmonização das condições de trabalho” mediante um acordo de empresa que resulte de negociação coletiva, em que sejam definidas normas reguladoras para todos.
Noutro âmbito, Sofia Canha destacou que “os trabalhadores do Centro de Abate têm direito a uma atualização salarial ajustada ao que foi fixado o ano passado como valor da base remuneratória da administração pública, em 761,58 euros”, bem como ao aumento do subsídio de refeição para 5,20 euros previsto desde outubro de 2022.
“É inadmissível que passados sete meses os trabalhadores do Centro de Abate não tenham os vencimentos atualizados”, rematou.