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PS requer audição ao secretário regional de Educação

O deputado Rui Caetano, porta-voz do grupo, em declarações à comunicação social, começou por sublinhar que “o PS considera que há algumas questões que ainda precisamos de esclarecer”, no que toca ao início do ano letivo escolar.

“Nesse sentido, entregamos hoje, na Assembleia Legislativa da Madeira, um pedido de audição parlamentar ao secretário regional de Educação para esclarecer algumas dúvidas, algumas situações que consideramos que são necessárias esclarecer, não só para o PS, mas também para os alunos e para as famílias”, adiantou.

O deputado socialista destacou que “podemos garantir à população que as escolas estão preparadas, dentro daquilo que é possível preparar nesta conjuntura, para a abertura do novo ano letivo escolar”, facto que revela que advém da “competência dos conselhos executivos, da competência dos professores e do pessoal não docente para essa organização da escola, para receber, em segurança, os alunos”.

No entanto, aponta que “há um conjunto de outras situações que já são da alçada da secretaria regional de Educação que devem ser esclarecidas”, dando exemplos práticos.

Rui Caetano começou assim por enumerar algumas das questões que pretende ver esclarecidas, como os transportes públicos, o acompanhamento psicológico dos alunos, a necessidade de reforço de docentes e não docentes, bem como as questões ligadas com o fornecimento de material tecnológico às escolas.

O parlamentar questiona quanto à “concertação a secretaria regional da Educação fez com os transportes públicos” a fim de garantir maior segurança nas deslocações dos alunos para as escolas.

“Se o objetivo é fazer com que os alunos não circulam todos ao mesmo tempo dentro da escola, se não houver essa harmonização, não só nos horários das carreiras, mas também na frequência dos transportes públicos no acesso às escolas, eles vão se aglomerar nos transportes públicos, nas paragens ou à entrada das escolas”, explicou.

Rui Caetano vinca que “é preciso haver essa concertação”, adiantou assim que “queremos saber por parte do secretário se este trabalho foi feito com antecedência”.

Quanto à questão do acompanhamento psicológico dos alunos, o parlamentar sublinha que “são os especialistas que dizem, são os vários estudos que têm sido publicados, do impacto que esta pandemia e as questões do isolamento, do confinamento tem provocado em toda a população, em particular no mais jovens, como evidente estes alunos chegarão à escola com este impacto psicológico, com problemas de concentração, de depressão, de relacionamento, com questões relacionadas com agressividade, com as toxicodependência.

“É evidente que há um trabalho extraordinário que é preciso fazer com os psicólogos”, frisou, lembrando que, “até agora, não havia o número de psicólogos suficientes nas escolas para dar resposta às necessidades, agora, com esta nova conjuntura, é evidente que é preciso muito mais psicólogos nas escolas”.

Na questão da contração de pessoal não docente, Rui Caetano refere que os 130 novos auxiliares contratos não são suficientes, justificando que este reforço apenas vem “colmatar uma pequena parte das necessidades que as escolas já têm há imenso tempo”.

“Nesta nova conjuntura, com a pandemia, é uma exigência muito maior do ponto de vista da limpeza, do acompanhamento dos alunos e da vigilância dos alunos”, disse ainda.  

O deputado defende ainda a contração de professores para projetos de tutorias, de adjuvantes, de pares pedagógicos, como forma de resolver os problemas das aquisições de aprendizagem que os alunos tiveram nesta nova conjuntura com o ensino à distância.

“Porque sabemos que houve muitos alunos que não se adaptaram ao ensino à distância e perderam muitas aprendizagens”, justifica.

Rui Caetano abordou ainda a questão dos grupos de risco, sejam alunos, docentes e não docentes, questionando quanto à existência de plano de uma estratégia que acautele essas pessoas.

Por fim, lembrou que “o secretário regional de Educação, em abril deste ano, prometeu, antes do terceiro período terminar, que iria adquirir à volta de 600 computadores para que as escolas pudessem emprestarem aos alunos”, mas, concluiu, que “a verdade é que o período terminou, vamos começar um novo ano letivo, e os computadores ainda não chegaram às escolas”.