O cabeça de lista do PS-Madeira às eleições legislativas nacionais considerou, hoje, que a problemática da habitação na Região tem de ser resolvida “o mais urgentemente possível”, assumindo o compromisso de lutar pela transferência de verbas da República para este efeito.
Numa iniciativa de campanha promovida esta manhã na freguesia do Caniço, onde esteve em contacto com a população e constatou a construção de um empreendimento habitacional ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Emanuel Câmara apontou a habitação pública como uma das reivindicações e uma das bandeiras do PS.
O socialista assegurou que os deputados do PS-M à Assembleia da República irão pugnar para que a Região seja também contemplada com o reforço de verbas para a construção de habitação, à semelhança do que vai acontecer no País. Emanuel Câmara lembrou que o ainda primeiro-ministro anunciou a duplicação do número de casas a construir até 2030 (passando das 26 mil inicialmente previstas pelo PRR para 59 mil), mas deixou a Madeira de fora deste reforço, o que configura uma “discriminação” à qual é preciso pôr fim.
“Este Governo do PSD-CDS, claramente, demonstrou com esta atitude o desprezo pelas Regiões Autónomas”, denunciou o candidato do PS, perguntando o que fizeram os deputados eleitos pelo PSD perante esta situação. “Mantiveram-se agachados a Lisboa mais uma vez, pondo os seus interesses partidários à frente dos interesses dos madeirenses e porto-santenses”, condenou, asseverando que o PS irá sempre salvaguardar, primeiro que tudo, os interesses da Região.
Emanuel Câmara aproveitou para desmontar a “falácia” de querer “vender aos madeirenses e porto-santenses que aquilo que de bom se fez em Portugal pelo Governo da República foi nos últimos 11 meses”, esquecendo tudo o que foi feito antes. “Tem sido com Governos da responsabilidade do PS na República que a Madeira tem resolvido grande parte dos seus problemas”, salientou o candidato, lembrando que a habitação pública que está a ser construída atualmente na Região é graças ao PRR e destacando que, quando a Madeira tinha direito a apenas 2,5% das verbas, o Governo de António Costa duplicou esse montante para 5%. No caso deste setor, foram 128 milhões de euros, que permitem a edificação de 805 fogos.
Destacando a sensibilidade dos executivos socialistas em relação à Madeira, Emanuel Câmara recordou ainda o pagamento da dívida da Região, mas também a Lei de Meios na sequência da catástrofe de 20 de fevereiro.