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PS questiona demora de Albuquerque: “Quem nada tem a esconder e nada teme já deveria ter respondido”

O presidente do PS-Madeira questionou, hoje, a morosidade do presidente do Governo Regional em responder às questões que lhe foram endereçadas no âmbito da comissão de inquérito sobre as obras inventadas e os favorecimentos do Executivo a grupos económicos da Região, considerando que “quem nada tem a esconder já deveria ter respondido”.

Em conferência de imprensa, Sérgio Gonçalves fez uma retrospetiva de todo este processo, desde as declarações do ex-deputado Sérgio Marques ao Diário de Notícias de Lisboa, a 15 de janeiro, à constituição da comissão de inquérito requerida pelo PS, que teve a primeira reunião a 9 de fevereiro e que, entretanto, já ouviu os empresários Luís Miguel de Sousa e Avelino Farinha.

O líder socialista apontou o facto de Miguel Albuquerque ter-se recusado a ir presencialmente à comissão de inquérito, dando conta que, face a essa circunstância, o PS lhe endereçou um conjunto de perguntas no dia 24 de fevereiro. “O prazo termina esta semana e ainda não recebemos quaisquer respostas. Quem não tem nada a esconder, quem não teme nada, já deveria, em nosso entender, ter respondido”, referiu. “Dado que os empresários prontamente se disponibilizaram e vieram cá, parece-nos que já decorre um tempo excessivo para obtermos as respostas do senhor presidente do Governo, e aguardamos por essas mesmas respostas, bem como pela audição de Sérgio Marques”, acrescentou.

Sérgio Gonçalves considerou que a audição ao ex-deputado do PSD é fundamental, tendo em conta as denúncias de obras “inventadas”, “inúteis” e “fictícias”, as acusações de favorecimentos do Governo Regional a grupos económicos e a cedência de Miguel Albuquerque a pressões que terão levado ao afastamento do próprio Sérgio Marques e de Eduardo Jesus.

Conforme referiu, estas são razões mais do que suficientes para que se justifique a ida de Sérgio Marques à comissão de inquérito, algo que, “inexplicavelmente e depois de várias vezes ter sido solicitado pelo Partido Socialista, o PSD e o CDS rejeitaram”. Só agora, acrescentou, ao abrigo do direito potestativo de um dos partidos da oposição, é que foi possível chamar o ex-deputado. O presidente do PS-M deu conta que os empresários fizeram acusações diretas a Sérgio Marques, dizendo que as suas declarações não correspondem à verdade, e recordou o facto de o ex-deputado ter sido uma pessoa que mereceu a confiança dos anterior e atual presidentes do Governo, sendo inclusivamente cabeça de lista nas últimas eleições legislativas nacionais. “Portanto, estranhamos esta tentativa do PSD de bloquear a vinda de Sérgio Marques, quando nas próprias inquirições dizia que era ele quem devia estar ali a ser ouvido”.