O presidente do Partido Socialista-Madeira reforçou a necessidade de apoios a fundo perdido para as empresas madeirenses, não apenas para fazerem face aos constrangimentos decorrentes da pandemia, como também para a aposta em novas áreas de atividade e na exportação, permitindo uma diversificação da base económica regional e a criação de empregos. Paulo Cafôfo falava no âmbito de uma visita à empresa “Ilha Peixe”, situada no concelho de Santa Cruz, que se dedica à comercialização de pescado.
Na ocasião, o responsável disse subscrever a reivindicação da ACIF de que uma parte (280 milhões de euros) dos 561 milhões de euros que a Região irá receber ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) seja aplicada “na dinamização e nas reformas estruturais da nossa economia, de modo a sermos mais competitivos”.
Paulo Cafôfo constatou que os “milhões em apoios” que o Governo Regional tem anunciado não têm surtido o efeito desejado e apontou o facto de a Madeira ser a região do País com a maior taxa de desemprego e ter registado uma quebra no PIB três vezes superior à nacional. “É por isso que os apoios a fundo perdido são essenciais” e não estas “linhas de crédito que só aumentam o endividamento”, disse. Tal como frisou, são necessários apoios a fundo perdido, com programas de inovação e de reestruturação das empresas, “de forma a tornarmo-nos mais competitivos e, à semelhança de empresas como esta, apostarmos na exportação, em produtos que são regionais e de enorme qualidade”.
O líder dos socialistas madeirenses reforçou ainda a importância de diversificar a economia regional, criando valor acrescentado ao PIB e permitindo gerar emprego. A propósito, e estando a visitar uma empresa ligada à comercialização de pescado, afirmou que a economia do mar é uma área de futuro, pelo que a indústria pesqueira, da transformação e conserveira poderá ser uma oportunidade para a Região. “O PRR e os fundos que a Madeira irá receber deveriam ser também utilizados não só para apoiar as empresas nesta fase de dificuldade, com o impacto negativo que a pandemia está a ter sobre as suas receitas, mas também para preparamos a Madeira para o futuro”, sublinhou.