Victor Freitas, que falava após uma reunião entre o Grupo Parlamentar Socialista e o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL), referiu que nestes últimos três anos de Governo criou-se uma série de expetativas em relação a uma alteração prometida pelo Executivo madeirense com o objetivo de fazer baixar o preço dos transportes de mercadorias, mas acrescentou que, «estando a um ano de terminar o mandato deste Governo, até ao momento não foi dado nenhum passo nesse sentido». Como tal, o líder do Grupo Parlamentar do PS-M apelou aos madeirenses e porto-santenses para que «estejam muito atentos àquilo que são as promessas do Governo na Região Autónoma da Madeira e que, até ao momento, não foram cumpridas nem se vê ao fundo do túnel qualquer intenção por parte do Governo de as cumprir».
Nesta reunião, os socialistas inteiraram-se também da situação dos trabalhadores do porto do Caniçal. «Não há um bom porto numa situação em que os trabalhadores se sentem muitas vezes discriminados, perseguidos e em que as leis laborais ganham contornos que para nós são escandalosos. Nenhuma entidade patronal tem responsabilidade de fazer leis ou gerir essas leis a seu bel-prazer», afirmou Victor Freitas.
O socialista defendeu que, no futuro, se altere a política portuária de forma a baixar os preços, mas também «que os atuais trabalhadores do porto do Caniçal estejam salvaguardados num futuro caderno de encargos que permita uma nova concessão», ficando os postos de trabalho garantidos.
Por seu turno, o presidente do SEAL condenou aquela que considera ser uma discriminação em relação aos trabalhadores portuários do porto do Caniçal, por terem condições remuneratórias bastante inferiores às de outros portos nacionais. António Mariano denunciou também as «perseguições que constantemente estão a acontecer relativamente àqueles trabalhadores que são ou que se pretendem filiar» no sindicato, bem como deu ainda conta da greve agendada para o dia 27 deste mês.