A Consulta do Adolescente ou Atendimento ao Jovem, em funcionamento desde 1989, é um serviço multidisciplinar composto por uma equipa de enfermagem (sendo um dos objetivos dar formação nas escolas e instituições com o intuito de informar para a prevenção), uma equipa de psicopedagogos, três médicas – consultas específicas de adolescente, uma assistente social, uma nutricionista, uma médica de Saúde Infantil e três terapeutas da fala. O atendimento faz-se durante doze horas por dia, entre segunda e sexta, e está disponível para jovens entre os 12 e os 21 anos.
De acordo com a deputada Sofia Canha, as problemáticas dos jovens são muito variadas e podem apresentar diferentes graus de gravidade, sendo que o recurso a esta consulta pelos jovens depende muito do seu grau de confiança nos serviços que são proporcionados, tanto pelos profissionais que os acompanham, como pelo conforto e privacidade das instalações. «E é precisamente este aspeto que tem falhado nos últimos anos», afirma a parlamentar socialista.
Este Centro de Saúde está em obras há muitos anos e é aquele que mais utentes consulta. O teto não está tapado e, por isso, quem lá trabalha está em contacto permanente com substâncias químicas, pós e óleos. Os fios de eletricidade estão enrolados na eminência de foco de incêndio, não há arejamento, isto é, não há uma janela ou uma porta por onde entre ar, e daí a falta de condições de trabalho deste serviço. A secretaria não tem privacidade, todos ouvem e sabem os assuntos que nela são tratados, porque o espaço é exíguo e partilhado.
Todos reconhecem que é necessário investir na melhoria das infraestruturas de proximidade para melhor prevenção, investindo na melhoria de recursos humanos e de equipamentos, otimizando a rede de cuidados primários e hospitalares.