“O programa eleitoral que hoje apresentamos está absolutamente pronto para ser também um programa de Governo. É um programa que pode e deve merecer a confiança de todas e todos os madeirenses, porque tem as respostas para os seus problemas”, afirmou esta tarde o presidente do PS-Madeira e cabeça de lista do partido às eleições legislativas regionais do próximo dia 24.
Na apresentação pública do programa eleitoral do PS, Sérgio Gonçalves afirmou que este é um documento com uma visão de futuro para a Madeira. Uma Madeira que, disse, se quer “plena de oportunidades para todos”, para que se possa inverter a tendência de empobrecimento, os problemas no acesso à saúde e à habitação, assim como as dificuldades resultantes dos baixos salários que se praticam na Região e dos elevados impostos que continuam a existir, por “responsabilidade do Governo do PSD de Miguel Albuquerque”.
O líder socialista explicou que este programa é o culminar não apenas do trabalho da equipa que o preparou, mas também do processo de auscultação das pessoas ao longo de quase dois anos, ouvindo os seus problemas e as questões que gostariam de ver resolvidas por parte do futuro Governo Regional. “Estou orgulhoso deste trabalho e estou confiante nas soluções que nós temos para apresentar aos madeirenses, porque são, de facto, soluções que dão resposta a problemas concretos da vida das pessoas”, sublinhou.
Explanando as principais prioridades do futuro Governo do PS, o líder e candidato socialista apontou o foco à resolução dos problemas habitacionais, garantindo que irá celebrar contratos-programa com todas as autarquias, “não discriminando ninguém pela sua cor política”, e criando incentivos à habitação cooperativa, que “foi absolutamente negligenciada pelo Governo Regional durante os últimos 30 anos”. “Queremos criar condições para que os jovens possam aceder a habitações a custos controlados, assim como a classe média, que está estrangulada com as taxas de juro”, vincou, sem esquecer também as respostas para as famílias carenciadas que não têm acesso a habitação condigna.
Sérgio Gonçalves, que quer colocar a Autonomia ao serviço de todos os madeirenses e não apenas de alguns, considerou que a baixa de impostos é fundamental e garantiu que esta será uma realidade logo no primeiro orçamento regional, dando conta do compromisso do PS de reduzir o IVA e o IRS até ao máximo permitido por lei, para baixar preços de bens e serviços e fazer com que as pessoas tenham mais dinheiro no fim do mês. Defendendo o aumento dos rendimentos dos madeirenses, o candidato socialista vincou a necessidade de promover a concertação social e promover emprego qualificado e bem remunerado. Neste campo dos rendimentos, lembrou a promessa de repor o subsídio de insularidade de 2% para todos os funcionários públicos e de aumentar para 100 euros mensais o complemento regional para idosos.
A saúde será outra das grandes apostas do PS-Madeira, que critica não apenas as dificuldades de acesso aos cuidados, como a falta de transparência no setor, que se tornou ainda mais evidente com o ciberataque ao SESARAM. Sérgio Gonçalves adiantou que com o PS serão implementados tempos máximos de resposta garantidos para reduzir as listas de espera e que serão abertas as urgências de Santana e Porto Moniz 24 horas por dia.
“Vemos o presidente do Governo Regional a dizer que não pode reforçar apoios sociais, que não pode abrir os centros de saúde de Santana e do Porto Moniz, mas pode esbanjar 33 milhões de euros por ano em tachos para o PSD e o CDS e em obras desnecessárias que em nada contribuem para o nosso desenvolvimento”, censurou, garantindo que este paradigma será alterado com o PS no Governo.
Sérgio Gonçalves apontou igualmente o compromisso de implementar a gratuitidade da escolaridade obrigatória, fazendo com que nenhum aluno até ao 12.º ano tenha de pagar pelos manuais, transportes e alimentação.
A resposta ao desafio demográfico, criando condições para fixar os jovens, e a promoção do desenvolvimento sustentado e sustentável são outros dos objetivos do PS, com o candidato a presidente do Governo a dar conta das propostas no âmbito da valorização do setor primário, do ambiente, da resposta ao desafio das alterações climáticas, mas também das soluções para fazer face aos problemas do turismo desordenado e do excesso de carga em determinados espaços naturais.
Sérgio Gonçalves sustentou que este novo paradigma depende de uma mudança política e frisou que o PS é a melhor opção para governar a Madeira. “O voto no PS é o voto que muda a Madeira no dia 24 de setembro”, rematou.