Paulo Cafôfo garantiu, hoje, que o PS-Madeira está pronto para governar, com uma liderança que inspire confiança e comprometida com as mudanças estruturais que a Madeira precisa, deixando um apelo à coragem de todos os madeirenses e porto-santenses para que seja possível transformar e trazer estabilidade à Região.
O atual presidente dos socialistas, que apresentou esta manhã a sua recandidatura à liderança do partido, com o lema ‘Estabilidade e Compromisso”, pretende transpor estes princípios para a governação regional, apontando o objetivo de construir uma Madeira onde todos tenham lugar e possam viver com dignidade e oportunidades. “É para defender esses princípios que hoje me apresento aqui, garantindo a estabilidade que a Madeira precisa”, disse, perante uma sala cheia de apoiantes.
Paulo Cafôfo preconiza um futuro ancorado em compromissos sólidos nas questões da habitação, da saúde, da educação, melhores empregos e salários e na valorização dos jovens, apostado no bem-estar dos madeirenses e porto-santenses, com um progresso que beneficie todos e não só alguns.
O recandidato à liderança do PS-M e do Governo Regional defendeu a necessidade de valorizar “o povo, a gente que faz pela Madeira”, bem como o respeito pelas instituições, pela democracia e pela nossa autonomia. “Todos estes valores, infelizmente, têm sido destruídos e desvalorizados por um homem que ainda é presidente desta Região e por um partido que até agora foi o único a gerir os destinos desta terra. Precisamos urgentemente de restaurar estes valores e de colocá-los em prática para tomar as melhores decisões para a Madeira, pois só com esses valores como base é que conseguiremos construir um futuro sólido e justo para todos os madeirenses e porto-santenses, sem exceção”, afirmou.
O socialista considerou, por isso, que “o exemplo da coragem dos militantes do PS tem de ser a coragem de todos os madeirenses e porto-santenses, porque só com coragem é que podemos mudar e transformar a nossa Região”.
Na sua alocução, Paulo Cafôfo referiu-se à conjuntura política atual, dando conta dos tempos de instabilidade e incerteza, na sequência das investigações judiciais que envolvem mais de metade dos membros do Governo. Um facto que mancha a imagem das nossas instituições, que mina a confiança dos cidadãos nas mesmas, na política e nos políticos e que revela “fragilidades éticas e morais de quem esteve no poder por quase 50 anos”. “Estas investigações judiciais não são apenas um reflexo de práticas de governação que abominamos, que são pouco transparentes e duvidosas, são a prova de que é necessário romper com um ciclo de poder que privilegia interesses instalados, em detrimento do bem-estar de toda a população”, sublinhou.
O presidente do PS-M advertiu que a Madeira não pode continuar refém de uma governação marcada por escândalos judiciais e uma gestão danosa da coisa pública. “O atual ciclo de poder não apenas aprofundou as desigualdades, como comprometeu seriamente a credibilidade da nossa Autonomia”, condenou, acrescentando que “quem anunciou uma renovação em 2015, apenas conseguiu aprofundar o pior que o regime tinha”. “Nada mudou com a atual governação e não há sabão que lave as mãos sujas de quem nos governa”, disse ainda, criticando o poder “podre e corrupto” que existe na Região e vincando que “a salvação nunca estará em quem nos condenou à instabilidade”. “Não podemos continuar sequestrados por um homem e um partido que têm o único interesse individual e nos arrastam a todos para um suicídio coletivo enquanto comunidade. Não podemos deixar que isto aconteça!”, alertou.
Por outro lado, e já com as eleições legislativas regionais marcadas para 23 de março, Paulo Cafôfo salientou que a decisão do Presidente da República em dissolver o Parlamento regional é um sinal claro de que o regime político que temos na Região chegou ao seu limite. “Estas eleições regionais simbolizam uma oportunidade que esperamos que seja dada ao PS para que possa restaurar a confiança no poder político, resgatar as instituições da nossa Região e colocar os madeirenses e porto-santenses no centro das decisões”, declarou, aditando que este será um momento para escolher entre um passado de estagnação e um futuro de progresso. “Será a oportunidade para escolher um novo governo que tenha como prioridade a estabilidade, e só dando força ao PS é possível garantir essa estabilidade, um compromisso com as pessoas e a construção de uma região mais justa e inclusiva”, adiantou o socialista, apontando três grandes prioridades para a Região: a habitação, a saúde e o aumento dos rendimentos dos madeirenses.
“O PS está pronto a ser Governo e eu estou preparado para ser presidente do Governo Regional, com uma liderança que inspire confiança e esteja comprometida com as mudanças estruturais que a Madeira precisa”, manifestou, garantindo uma liderança com transparência, com ética e colocando as pessoas no centro das decisões.
Por outro lado, referindo que o tempo das maiorias absolutas acabou e que é preciso pôr a democracia a funcionar, com cooperação democrática, diálogo e capacidade de construir consensos, Paulo Cafôfo adiantou que o PS irá a votos para transformar a Madeira e fará compromissos político-partidários com aqueles partidos que, genuína e convictamente, queiram a mudança na Região. Excluiu “por completo” qualquer entendimento com o PSD e com o CHEGA, porque “não fazemos acordos para prolongar a vida de quem criou este regime de negociatas, promiscuidade e desigualdade, nem fazemos acordos com partidos de extrema-direita, xenófobos, racistas e antidemocráticos”.
O líder socialista vincou que as eleições regionais serão decisivas para o futuro coletivo da Região, adiantando que o PS espera ser “não apenas a esperança, mas a concretização dos sonhos de mudança que tantos madeirenses e porto-santenses há tantos anos lutam e que se irá concretizar este ano”.
De referir que as eleições internas no PS-M se realizarão a 31 de janeiro, estando o congresso regional marcado para 22 e 23 de fevereiro.