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PS pede auditoria às listas de espera e aos tempos máximos de resposta na saúde

O PS-Madeira vai solicitar a realização de uma auditoria externa às listas de espera na saúde e à compatibilidade destes números com os tempos máximos de resposta garantidos, que não estão a ser cumpridos.

Em conferência de imprensa realizada esta manhã, junto ao Hospital Doutor Nélio Mendonça, a deputada Sancha de Campanella alertou que estamos a assistir a “um verdadeiro colapso do Sistema Regional de Saúde”, apontando os números das listas de espera, que mostram um “aumento vertiginoso” desde o ano 2020.

Criticando a negligência e o prejuízo acumulado de quase 50 anos de governação, a parlamentar deu conta que atualmente existem cerca de 4.500 utentes em lista de espera para cirurgias (o que representa um aumento de 85% relativamente ao ano transato), 19.300 a aguardar por consultas (um acréscimo de 68% relativamente ao ano passado) e 10 mil à espera de exames (mais 87% do que em 2023). Mais grave ainda, acrescentou, é que, este ano, já faleceram 179 utentes antes das suas cirurgias, o que equivale e 16 mortes por mês e a uma média de um falecimento dia sim, dia não.

“Nós não podemos aceitar esta irresponsabilidade do Governo Regional”, sentenciou Sancha de Campanella, adiantando que o PS já tomou a iniciativa de pedir uma auditoria a estes números e à sua compatibilidade com os tempos máximos de resposta, que não são garantidos como o Governo tenciona. Aliás, a deputada socialista lembrou que, esta semana, na Assembleia, foi aprovada uma recomendação do PS ao Governo para que cumpra os tempos máximos de resposta, proceda à sua monitorização e dê a conhecer ao cidadão o seu posicionamento na lista. Como referiu, a proposta passou com a abstenção do PSD, o que permite concluir que “o próprio partido que sustenta o Governo reconhece que não são cumpridos os tempos máximos de resposta”.

Sancha de Campanella anunciou ainda que o PS vai também pedir uma audição parlamentar à Comissão de Acompanhamento das Listas de Espera, uma vez que já foi solicitado, por três vezes, ao secretário regional da Saúde que dê conta do trabalho e respetivos relatórios deste organismo, mas essa informação não foi facultada.