InícioAtualidadePS-Madeira “não passa cheque em branco, nem assina de cruz o Orçamento”

PS-Madeira “não passa cheque em branco, nem assina de cruz o Orçamento”

O presidente do PS-Madeira garantiu, hoje, que o partido não irá passar um cheque em branco ao Governo e que não vai assinar de cruz perante a proposta de Orçamento Regional que será apresentada pelo Executivo.

Esta tarde, à saída da audiência prévia com o secretário regional das Finanças, que esteve a auscultar os partidos sobre a proposta de orçamental para o próximo ano, Paulo Cafôfo referiu que, por aquilo que lhe foi transmitido, este orçamento não trará qualquer surpresa e será “mais do mesmo” relativamente às prioridades do Governo Regional e à continuidade dos problemas dos madeirenses.

O líder dos socialistas assegurou que o PS não desiste e irá apresentar propostas de alteração em áreas prioritárias, nomeadamente na Habitação, na Saúde, no aumento dos rendimentos e no corte das gorduras do Governo, já que o Executivo “continua a arrecadar recordes de receitas e a engordar com os impostos dos madeirenses”, mas não corta nas despesas desnecessárias.

“O PS tem um compromisso com os madeirenses, ao contrário de outros partidos da oposição, que têm compromissos com o PSD e que viabilizam este Governo e os orçamentos que não têm as prioridades certas”, disse Paulo Cafôfo, garantindo que o PS irá apresentar propostas com soluções para os problemas crónicos que o Executivo não tem sido capaz de resolver.

O líder socialista assegurou que o partido não irá “passar um cheque em branco, nem irá assinar de cruz”, pelo que, frisou, vai aguardar para conhecer o documento e então tomar uma decisão em relação ao seu sentido de voto.

Paulo Cafôfo evidenciou que, apesar de a Região nunca ter tido tanto dinheiro como agora, os problemas dos madeirenses mantêm-se. No caso da habitação, acusou o Governo Regional de ter chegado tarde e mal, sendo que, depois de ter prometido a construção de 1121 fogos, só estão no terreno cerca de metade.

No tocante à saúde, disse que está “sem remédio”, criticando o Governo por não cumprir os tempos máximos de resposta (resultando em milhares de consultas e cirurgias em atraso) e apontando as constantes faltas de medicamentos na farmácia do hospital e os problemas informáticos.

Por outro lado, lamentou que a Madeira continue sempre no fundo da tabela no que se refere às desigualdades e à pobreza, destacando a necessidade de investir no apoio às famílias, na educação e no aumento dos rendimentos.