O deputado Paulo Cafôfo, porta-voz do grupo, em declarações à comunicação social, começou por justificar a pertinência desse diploma, justificando que “a escola que temos será diferente daquela que começou neste presente ano letivo, derivado à Covid-19, e é por isso que temos de definir uma nova organização do modelo escolar”, propondo assim uma reorganização do modelo presencial, num planeamento atempado.
“O PS-Madeira defende que a escola deve ser presencial. É esse o modelo que consideramos ser melhor, não só ao nível da aprendizagem, mas também para a própria socialização e formação do aluno enquanto pessoa”, frisou.
Na defesa deste modelo, Paulo Cafôfo defende a necessidade garantir a aplicabilidade e preparação dos “grandes objetivos” no concerne ao planeamento do próximo ano escolar.
“Os grandes objetivos que temos são, em primeiro lugar, garantir a proteção e a segurança da saúde da comunidade escolar. Garantir também o acesso à educação em condições de igualdade para todos os alunos e recuperar o atraso nas aprendizagens, por que os alunos tiveram que interromper a sua deslocação à escola e as aprendizagens que eram feitas presencialmente”, explanou.
Dessa feita, o PS-Madeira apresentou, na Assembleia Regional, um projeto resolução que propõe ao Governo Regional 10 medidas para a organização do próximo ano letivo.
Paulo Cafôfo começou por referir que “as principais são: em primeiro lugar, uma maior autonomia para as escolas, nomeadamente na definição do número de alunos por turma, reduzindo esse número de alunos por sala”, bem como a definição dos horários, flexibilização ou desdobramento das turmas.
“Uma outra questão importante tem haver com o crédito global de horas que é atribuído anualmente às escolas, para que as mesmas possam ter, por exemplo, projetos de apoio pedagógico para os alunos, ou então terem, também, tutorias onde o professor possa acompanhar um determinado aluno que precise de uma maior atenção, bem com existência de pares pedagógicos nas turmas onde se ache necessário o reforço da orientação do professor”, acrescentou.
O parlamentar também apontou a necessidade de aumentar o número de funcionários das escolas, devido às questões sanitárias, nomeadamente na desinfeção e limpeza regular do espaço. Considerado que este facto não pode ser visto como um custo, mais como um investimento na segurança da comunidade escolar.
“A segurança e a proteção, em termos de saúde, também não pode ser visto como um custo, mas sim como um investimento na comunidade escolar”, disse.
Paulo Cafôfo refere ainda que o projeto apresentado prevê um reforço dos meios tecnológicos, associado a uma formação à utilização das mesmas.
Defendendo assim que “as novas tecnologias devem servir para um complemento e para uma mudança de paradigma das práticas pedagógicas que devem existir nas escolas da região”.
“Portanto, é isso que nós propomos para que o ano possa decorrer com normalidade, mas uma normalidade adequada aos novos tempos e a contenção da Covid-19”, concluiu.