O líder parlamentar do PS, Victor Freitas, recordou em conferencia de imprensa o período dramático que a área da Saúde atravessou devido ao Plano de Ajustamento Económico e Financeiro que colocou a Madeira no segundo plano das prioridades. Situação que considera não ter sido revertida após se ter ultrapassado este momento com o governo PSD a não dar “prioridade à Saúde como se exigia e como os próprios se comprometeram”.
“Havia esta expetativa de que existisse uma mudança no Sistema Regional de Saúde, com um maior investimento, que existisse a atração de quadros e recursos humanos para melhorar a Saúde dos madeirenses. Nestes quatro anos, tivemos três secretários regionais, uma instabilidade constante nos diversos setores da Saúde na Região. […] Cada secretário que surgia vinha com uma estratégia e com prioridades próprias. Não cumpriram o programa de Governo, antes pelo contrário”, afirmou Victor Freitas.
Victor Freitas deu alguns exemplos de promessas não cumpridas na área da saúde como a criação do tempo máximo de resposta garantida para consultas, meios complementares de diagnóstico ou tratamento cirúrgico e a criação do cheque cirurgia.
O líder parlamentar relembrou ainda que o Governo continua sem resolver as altas problemáticas como as camas hospitalares que neste momento estão ocupadas por estes casos e custam à Região 46 milhões de euros.
“Foi necessário esperar quatro anos para que a Vice-Presidência chamasse a si esta questão, uma vez que há aqui um diferendo entre a área da Saúde e a área da Segurança Social. O secretário da Saúde e a secretária da Inclusão e Assuntos Sociais nunca resolveram a questão e estiveram sempre em conflito latente em relação a esta questão. A oito meses das eleições, não acreditamos que, em relação a esta matéria, o Governo resolva o problema”, disse.
O objetivo do Partido Socialista com a marcação deste debate é confrontar o presidente do Governo e o secretário regional da Saúde relativamente às várias questões que marcam a área em que este executivo mais falhou.
“No nosso entender, o Governo Regional falhou em toda a linha. Chegam ao fim do mandato e, ao contrário daquilo que têm vindo a propalar que cumpriram, infelizmente na área da Saúde não cumpriram”.