O PS acusou o governo PSD/CDS de irresponsabilidade que permitiram uma óbvia incompetência da gestão e do supervisor, traduzida em seis planos de restruturação chumbados. O Banif gerava empregos directos e indirectos na Madeira e nos Açores, assim como negócios proporcionados em torno do banco nestas economias, neste âmbito, o PS-M considera que os contribuintes exigem uma clarificação a todos os níveis da actividade do banco. Portanto, sendo o Banif uma instituição que tinha a sua sede na RAM, e que teve origem precisamente na falência da Caixa Económica do Funchal, e sabendo que a actividade daquela instituição esteve sempre relacionada com a governação da Madeira, é pertinente clarificar e esclarecer até que ponto estas relações e cumplicidades contribuíram para a situação a que chegou o Banif.
O PS considera que o regime autonómico das regiões portuguesas não permite, que fosse a Assembleia a fiscalizar o governo regional da Madeira, uma vez que as competências de fiscalização pertencem à ALRAM, tratando-se de uma tema que exige uma atenção profunda e cuidada dos deputados regionais de modo a tornar mais transparente as acções, as decisões políticas e as intervenções de índole governativa que possam ter contribuído para a situação do banco com sede na RAM.
Os deputados do PS-M indicam que há vários aspectos que merecem atenção, designadamente as perdas da Empresa de Electricidade da Madeira que era accionista do Banif; a dívida de mais de 3 milhões de euros da fundação social-democrata ao banco; as dívidas de algumas figuras regionais ligadas ao PSD-M que ficaram por pagar; a exposição do banco à dívida regional; a exposição do banco à dívida oculta, entre outros.