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PS-M propõe aplicação do diferencial fiscal no IVA e IRS e apoios à criação de emprego para inverter ciclo de empobrecimento

O presidente eleito do Partido Socialista-Madeira insistiu, hoje, na necessidade de baixar os impostos, em sede de IRS e de IVA, e de criar incentivos à fixação dos jovens e à criação de emprego, de modo a inverter o ciclo de empobrecimento em que a Região se encontra, em resultado da governação do PSD, agora coadjuvado pelo CDS.

Em conferência de imprensa realizada após uma reunião com o líder e alguns deputados do Grupo Parlamentar do PS, Sérgio Gonçalves afirmou que os últimos anos de governação de Miguel Albuquerque têm levado a que a Madeira esteja na cauda do País em vários indicadores sociais, apontando o facto de sermos a região com a mais elevada taxa de risco de pobreza e exclusão social e com o menor poder de compra, situação que levou a que na última década tenhamos perdido cerca de 17 mil pessoas.

“São necessárias medidas para inverter este ciclo de empobrecimento e de grave problema demográfico com a redução da nossa população. É necessário criar incentivos para fixar os jovens, para que as empresas possam criar mais emprego e mais oportunidades e se possam aumentar os níveis de rendimento dos madeirenses e dos porto-santenses”, afirmou o dirigente, vincando também ser determinante aplicar o diferencial máximo de 30% em todos os escalões de IRS e em sede de IVA.

Sérgio Gonçalves criticou o presidente do Governo Regional por falar na questão da baixa do IRC, quando é sabido que não é possível aplicar mais reduções ao nível da taxa do imposto sobre o rendimento das empresas. “[Miguel Albuquerque] tenta desviar as atenções, porque efetivamente não é da sua vontade e não tem sido intenção dos Executivos por si liderados reduzir o IVA e o IRS”, disse, considerando que tal permitiria uma poupança para as famílias, que passariam a ter mais dinheiro disponível no final do mês, podendo gerar estímulos ao consumo e com isso gerar mais receita fiscal futura, mas também representaria ganhos em termos de tesouraria para as empresas.

Por outro lado, o também deputado apontou o dedo ao facto de o Governo Regional alocar os quase 600 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência ao investimento público, sem que haja medidas de apoio às empresas, em particular para a transição digital e ecológica.